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Bolsonaro diz que estará com Polícias Militares "aconteça o que acontecer"

Discurso do presidente aconteceu neste sábado (12) durante manifestação com motociclistas em São Paulo (SP)

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Presidente Jair Bolsonaro observa pessoas que participam de manifestação em São Paulo (Amanda Perobelli/Reuters)

Presidente Jair Bolsonaro observa pessoas que participam de manifestação em São Paulo (Amanda Perobelli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de junho de 2021 às, 15h59.

Última atualização em 12 de junho de 2021 às, 15h59.

O presidente Jair Bolsonaro disse em discurso a motociclistas neste sábado que estará com as Polícias Militares dos Estados "aconteça o que acontecer", ao lembrar que, pela Constituição, as forças estaduais são auxiliares das Forças Armadas.

O presidente fez a declaração ao agradecer a atuação da PM do Estado de São Paulo na segurança do evento que fez com motociclistas, que terminou na região do Parque do Ibirapuera, zona sul da capital paulista, onde Bolsonaro discursou em cima de um carro de som.

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"Vocês (policiais militares) são auxiliares das Forças Armadas. Tenho certeza que, pelo cumprimento da lei e da ordem, pelo cumprimento de dispositivos constitucionais, nós estaremos juntos aconteça o que acontecer", afirmou Bolsonaro.

O presidente voltou a repetir que "meu Exército", não irá às ruas para fazer cumprir eventuais medidas como toques de recolher determinadas por governadores e prefeitos para conter a Covid-19, assim como repetiu que o Exército pode ser mobilizado para, segundo ele, garantir o direito de ir e vir.

"Esperamos que não seja necessária uma medida legal, mas contundente, para fazer cumprir dispositivos da nossa Constituição", afirmou Bolsonaro.

No início do evento, o presidente foi abraçado por alguns policiais militares que faziam a segurança do passeio de moto e alguns PMs tiraram fotos com ele.

Durante o passeio de moto, Bolsonaro mais uma vez causou aglomerações e não usou máscara, descumprindo um decreto estadual que obriga o uso da proteção facial, apontada por especialistas em saúde como crucial para conter a disseminação da Covid-19, doença que matou mais de 484 mil pessoas no Brasil, segundo maior número de mortos pela doença no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

USO DE MÁSCARA

Bolsonaro fez vários ataques ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), seu desafeto político, e chegou a reger seus apoiadores quando eles gritavam "Fora Doria" e xingamentos ao governador. Por causa do não uso da máscara no evento, Bolsonaro foi multado em 552,71 reais pelo governo paulista.

O presidente também aproveitou o discurso para repetir uma série de informações inverídicas sobre a pandemia de Covid-19. Ao contrário do que afirmam especialistas em saúde, ele disse que pessoas vacinadas não transmitem o coronavírus, ao comentar o pedido feito nesta semana ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para elaborar um parecer desobrigando o uso de máscaras para vacinados e pessoas que já contraíram a doença.

"Quem por ventura for contra essa proposta de não impor a máscara para quem já foi vacinado é porque não acredita na ciência, porque o vacinado não tem como transmitir o vírus", disse Bolsonaro.

Ao contrário do que afirmou o presidente, cientistas e especialistas em saúde afirmam que nenhuma vacina é 100% eficaz e que pessoas vacinadas podem contrair o vírus e, embora suas chances de ter quadros graves da doença sejam reduzidas, elas podem transmiti-la. Além disso, pessoas que já tiveram Covid-19 podem se reinfectar e também transmitir o vírus.

Na sexta-feira, em entrevista em São Paulo, Queiroga disse que busca "posições sólidas" sobre a possibilidade de flexibilizar do uso de máscaras.

Segundo dados do Ministério da Saúde, 23.534.567 pessoas foram vacinadas com as duas de uma vacina contra Covid-19, o que representa 11,2% da população brasileira.

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