Nesta sexta, Bolsonaro afirmou que considera ser candidato a vereador no Rio de Janeiro, caso esteja elegível (Lula Marques/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 24 de junho de 2023 às 15h26.
Dois dias após o início do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode deixá-lo inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que as eleições de 2022 são "uma página virada". Em evento do PL Mulher em Rodônia, do qual particiou por meio de uma vídeo chamada, o ex-presidente convocou as mulheres filiadas ao partido a se candidatarem a vereadoras nas eleições do ano que vem. Para ele, "é hora de pensar no futuro". Na próxima terça-feira, o TSE retomará o julgamento que pode impedi-lo de concorrer nas próximas eleições.
"Nas eleições do ano passado tive uma aceitação enorme junto ao povo brasileiro, costumo dizer que a minha popularidade era no mínimo o dobro daquela de 2018, mas isto é uma página virada. Vamos pensar no futuro. Nossa bandeira é a defesa da propriedade privada. Na política, a base é o vereador e, por isso, peço para que as mulheres estejam concorrendo conosco nesse estado. É daí que surgirão os futuros e futuras líderes", disse.
Nesta sexta, Bolsonaro afirmou que considera ser candidato a vereador no Rio de Janeiro, caso esteja elegível. "Estou pensando em ser candidato a vereador no Rio de Janeiro. Qual é o problema? Não há demérito nenhum. Até vou me sentir jovem, geralmente a vereança é para a garotada, para o mais jovem, é o 1º degrau da política".
Caso a condenação de Bolsonaro se confirme, o plano do PL é apresentá-lo como um “injustiçado” que foi retirado do páreo pela ameaça que representaria à reeleição de Lula. O modelo a ser seguido é o do próprio petista, que foi preso em 2018, ficou fora da eleição daquele ano, mas manteve a presença no debate e deu a volta por cima ao conseguir o terceiro mandato, em 2022.
O colegiado vai analisar uma ação apresentada pelo PDT que trata de uma reunião com embaixadores realizada em 2022 em que, sem provas, Bolsonaro atacou a lisura do processo eleitoral. A Procuradoria-Geral Eleitoral pediu a condenação por abuso de poder político e, no parecer, afirma que o ex-mandatário mobilizou a população contra as urnas e usou o Estado para benefício pessoal.