Jair Bolsonaro: presidente voltou a brigar com prefeitos e governadores (Adriano Machado/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de setembro de 2020 às 12h17.
Última atualização em 5 de setembro de 2020 às 15h38.
O presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar, neste sábado, 5, os efeitos da pandemia do novo coronavírus, mas admitiu que a volta à normalidade no Brasil deve demorar. Em viagem a São Paulo, ele chamou prefeitos e governadores que impuseram medidas de isolamento social de "projetos de ditadores nanicos".
"O pessoal não tem que ter medo da realidade, eu falei lá atrás que ia pegar uma grande quantidade de gente, vamos tomar cuidado dos mais idosos, os que possuem comorbidades e vamos enfrentar", disse o presidente durante visita às obras de recuperação da pista principal do aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Atualmente, o Brasil possui mais de 125 mil mortos pela covid-19.
Bolsonaro afirmou que a retomada do País não será rápida, mas que espera que o processo não seja "tão demorado assim". "Esperamos que volte à normalidade o País... Eu digo o mais rápido porque não vai ter como ser rápido, mas não tão demorado também."
Ele afirmou, ainda, que nos últimos meses apareceram "projetos de ditadores nanicos" em Estados e Municípios em referência a medidas de isolamento. "Alguns governadores, quero deixar claro, queriam proibir pousos. Alguns governadores fecharam rodovias federais, como o Pará, por exemplo, e tiraram o poder de resolver as questões como eu achava que devia resolver. Como alguns me acusam de ditador, os projetos de ditadores nanicos que apareceram no Brasil afora, não só em áreas estaduais, mas municipais também. Fica de ensinamento essa pandemia aí."
Na agenda, Bolsonaro estava acompanhado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e do ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça. Após o compromisso, ele retorna para Brasília, onde passará o restante do final de semana.