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Bolsonaro cancela debate nos EUA e reforça pauta de segurança

Evento era visto por diversos intelectuais, políticos e acadêmicos como a mais importante chancela à sua candidatura à Presidência

Jair Bolsonaro: deputado cancelou sua participação em um debate na Universidade George Washington (Facebook/Jair Bolsonaro/Reprodução)
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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2017 às 07h36.

Última atualização em 13 de outubro de 2017 às 08h02.

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) cancelou o evento mais aguardado de sua turnê americana, um debate na respeitada Universidade George Washington, previsto para esta sexta-feira.

O organizador da conferência e diretor da Brazil Initiative da universidade, Mark Langevin, afirmou ter recebido um telefonema da equipe do pré-candidato à presidência nesta quinta-feira, afirmando que ele ficará em Nova York e não irá mais a Washington. Até o reitor da instituição deveria participar.

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O evento era visto por diversos intelectuais, políticos e acadêmicos que estudam o cenário brasileiro — lá e aqui —, como a mais importante chancela à sua candidatura à Presidência.

“Ao recebê-lo na sua universidade e permitir que ele fale, sua instituição estará ajudando um extremista de direita racista, sexista e homofóbico a conseguir reconhecimento internacional e solidificar a viabilidade política de sua candidatura”, dizia a carta de um abaixo-assinado contra o evento, firmado por mais de 900 pessoas.

Para Langevin, a intenção do evento era que ele fosse confrontado por especialistas de uma forma como não vem sendo. “Bolsonaro está acostumado a falar para pessoas que já estão alinhadas com seu pensamento, tem driblado debates, e aqui ele será desafiado”, afirmou a EXAME na semana passada. Pois bem, não foi.

Dias atrás o deputado já havia cancelado um encontro com investidores promovido pela XP investimentos. A viagem reforça a estratégia do candidato de fugir de temas fora de sua zona de conforto.

Nas apresentações feitas até aqui a investidores, ele não entrou em detalhes sobre economia e finanças, como certamente teria que fazer no evento desta sexta-feira. E reforçou a imagem de candidato não envolvido em escândalos.

“Há muita gente melhor do que eu. Mas no Brasil o pessoal está alvejado”, afirmou na quarta-feira na Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em transcrição publicada pela Folha de S. Paulo.

Outro foco da viagem é a segurança. Bolsonaro visitou um stand de tiro em Miami logo no primeiro dia da viagem. Nesta sexta-feira, ele pode visitar o presídio de Rikers Island, o maior de Nova York.

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