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Bolsonaro: Argentina pode ter crise migratória se esquerda vencer eleição

Bolsonaro considera ruim o resultado das primárias argentinas e afirmou que o Rio Grande do Sul pode ser uma "nova Roraima" se a Argentina eleger a esquerda

Argentina: Bolsonaro apoia a reeleição de Macri, que perdeu as primárias para a oposição (Amilcar Orfali/Getty Images)

Argentina: Bolsonaro apoia a reeleição de Macri, que perdeu as primárias para a oposição (Amilcar Orfali/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 12 de agosto de 2019 às 12h53.

Última atualização em 14 de agosto de 2019 às 13h19.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que a Argentina pode enfrentar uma crise migratória, com cidadãos deixando o país em direção ao Brasil, caso a oposição ao presidente Mauricio Macri vença as eleições de outubro, como aconteceu em uma votação primária no domingo.

O neoliberal Macri, que é aliado de Bolsonaro, sofreu uma dura derrota para o candidato de centro-esquerda Alberto Fernández nas eleições primárias argentinas, indicando a derrota do presidente na votação presidencial deste ano.

Fernández tem como vice a ex-presidente Cristina Kirchner, que liderou o país entre 2007 e 2015.

"Não se esqueçam, mais ao sul, da Argentina, o que aconteceu nas eleições de ontem. A turma da Cristina Kirchner, que é a mesma da Dilma Rousseff, que é a mesma de Maduro, Chávez e Fidel Castro, deu sinal de vida aqui", disse Bolsonaro em discurso durante cerimônia de inauguração de obra de uma estrada no Rio Grande do Sul.

"Povo gaúcho, se essa esquerdalha voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo Estado de Roraima, e não queremos isto, irmãos argentinos fugindo para cá, tendo em vista o que de ruim parece que deve se concretizar por lá caso essas eleições realizadas ontem se confirmem agora no mês de outubro", acrescentou.

Bolsonaro já havia afirmado no passado que uma vitória da oposição na eleição presidencial da Argentina poderia transformar o país em uma "nova Venezuela", fazendo referência à crise atravessada pelo país governado pelo socialista Nicolás Maduro.

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