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Bolsonaro admite dificuldade para escolher novo partido

Depois de desistir da criação do Aliança pelo Brasil, Bolsonaro está em busca de um partido para chamar de seu desde o final do ano passado

Bolsonaro: focado na eleição de 2022, o presidente quer tomar uma decisão logo mas não consegue encontrar uma sigla que sirva a seus propósitos (Andressa Anholete / Correspondente/Getty Images)

Bolsonaro: focado na eleição de 2022, o presidente quer tomar uma decisão logo mas não consegue encontrar uma sigla que sirva a seus propósitos (Andressa Anholete / Correspondente/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 25 de maio de 2021 às 14h18.

Última atualização em 25 de maio de 2021 às 15h09.

O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta terça-feira que está com dificuldade para escolher um novo partido e, respondendo a apoiadores, afirmou que "os caras não querem entregar o osso."

Ao conversar com o ex-deputado Mauro Pereira, que estava entre seus apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro perguntou se ele iria se candidatar novamente no ano que vem, e ouviu que esperava a definição de partido por parte do presidente para "estarem juntos".

"Não vejo a hora de decidir o partido, mas não é decisão minha, é...", disse, sem terminar a frase.

Em seguida, conversando com outro apoiador, Bolsonaro disse que aceitaria uma candidatura se o partido fosse dele.

"Se for meu o partido aceito tua indicação. Mas ninguém quer entregar o osso para a gente, só querem entregar o casco do boi. Nem um ossinho com tutano querem entregar para a gente", disse, rindo.

Depois de desistir da criação do Aliança pelo Brasil, que não decolou e não conseguiu assinaturas suficientes, Bolsonaro está em busca de um partido para chamar de seu desde o final do ano passado. Chegou a anunciar, em janeiro, que tomaria uma decisão até março deste ano, mas até agora não conseguiu.

Focado na eleição de 2022, o presidente quer tomar uma decisão logo mas não consegue encontrar uma sigla que sirva a seus propósitos. Há convites do PP, do senador Ciro Nogueira, e do PTB, de Roberto Jefferson.

Os dois partidos têm bancadas respeitáveis no Congresso, e acesso a um fundo eleitoral consistente, mas têm donos. Apesar de cantarem Bolsonaro para ser candidato à reeleição pelas siglas, nem Nogueira nem Jefferson planejam entregar a direção dos partidos aos bolsonaristas, como fez o PSL em 2018.

Outras siglas também tentam atrair Bolsonaro com promessa de carta branca. Entre eles, o antigo Partido da Mulher Brasileira, agora Brasil 35, e o Patriota. Ambos, no entanto, tem pouca expressão política.

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