Setor foi afetado por paralisação dos caminhoneiros (Paulo Whitaker/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 3 de julho de 2018 às 17h39.
Os setores de aves e suínos que tiveram prejuízos com a greve dos caminhoneiros já têm à disposição uma linha de capital de giro no valor de R$ 1,5 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A informação é do presidente do BNDES, Dyogo Oliveira.
Quem pegar o dinheiro terá 60 meses para pagar com prazo de carência de 24 meses. Os juros devem ficar em torno de 10% a 11% ao ano. "É uma taxa atrativa para uma linha de capital de giro com um prazo tão longo", disse Dyogo Oliveira.
A linha de crédito foi um dos temas tratados hoje (3) em reunião de Oliveira com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto. Na reunião, Oliveira também falou sobre o programa de transformação estratégica do BNDES, que tem o objetivo de torná-lo um banco com mais recursos para pequenas e médias empresas e para infraestrutura.
"O objetivo é fazer a transição do BNDES de um banco monopolista, de taxas de juros muito baixas, subsidiadas, para um banco que vai ter mais disponibilização de recursos para pequenas e médias empresas e mais foco na área de infraestrutura", disse o presidente da instituição.
Segundo Dyogo Oliveira, o programa prevê a implementação de 12 projetos estratégicos até o final deste ano. Entre esses projetos, ele citou a reorganização interna do banco e a captação de recursos para a continuidade das atividades.
Em entrevista a jornalistas, o presidente do BNDES ainda afirmou que discute com o Tesouro Nacional como antecipar o pagamento de empréstimos da União à instituição financeira.