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Bloco precisa adotar cooperação ágil, diz Dilma ao Mercosul

Segundo a presidente, o bloco precisa resolver a questão “das assimetrias regionais”, o que acredita só ser possível com maior cooperação comercial


	Dilma Rousseff durante a XLIX Cúpula dos Estados Partes do Mercosul e Estados Associados
 (Roberto Stuckert Filho/PR/Fotos Públicas)

Dilma Rousseff durante a XLIX Cúpula dos Estados Partes do Mercosul e Estados Associados (Roberto Stuckert Filho/PR/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2015 às 15h07.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff disse hoje (21) que o fortalecimento do Mercosul passa necessariamente pela adoção de formas mais ágeis de cooperação comercial e pela formação de cadeias produtivas internacionais.

“Nossa decisão de fortalecer economicamente, comercialmente o bloco, por meio da eliminação de barreiras comerciais, expressa nosso compromisso de longo prazo com o Mercosul. O Brasil se empanhará em levarmos essa tarefa a bom termo. Tenho certeza que todos nós aqui percebemos a importância da eliminação de barreiras comerciais para levarmos o Mercosul a bom termo”, disse ao discursar na 49ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados em Assunção, no Paraguai.

Para Dilma, o bloco precisa resolver a questão “das assimetrias regionais”, o que acredita só ser possível com maior cooperação comercial e sobretudo com a construção dessas cadeias produtivas.

“A economia contemporânea é dinâmica. Nós precisamos adaptar-nos às mudanças sob pena de comprometer a competitividade das nossas empresas e a atratividade de nossas economias aos investidores”, afirmou, defendendo a aprovação até 2016 da revisão do protocolo de compras governamentais do Mercosul.

A facilitação de investimentos vai, segundo a presidente, trazer de volta empregos e permitirá superar as dificuldades econômicas atuais.

Crise econômica

Ainda durante discurso na Cúpula, a presidente disse que apesar das medidas contracíclicas tomadas pelo Brasil para proteger a economia da crise econômica, a lentidão da recuperação mundial e sobretudo a violenta queda dos preços das commodities, aliados a fatores internos afetaram o crescimento brasileiro de forma conjuntural.

"Nossa economia tem fundamentos sólidos. Temos elevadas reservas e temos uma situação financeira sob controle. Estou certa de que a reorganização do quadro fiscal no Brasil logo trará resultados positivos juntamente com o fim da crise política que tem afetado meu segundo mandato desde o seu início", disse, garantindo que o Brasil está determinado a reduzir a inflação, conseguir a estabilidade macroeconômica, aumentar a confiança na economia e a garantir a retomada sólida e duradoura do crescimento.

Presidente argentino

A presidente Dilma Rousseff deu as boas-vindas ao novo presidente argentino, Maurício Macri, que participa, pela primeira vez, de uma reunião do bloco.

"Quero, em especial, dar os parabéns ao presidente Macri. Quero dar as boas-vindas. Desejo êxito a ele. A Argentina constitui um dos eixos desta nossa organização regional", ressaltou.

Dilma retorna nesta tarde a Brasília, onde no fim da tarde dará posse no Palácio do Planalto aos novos ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e do Planejamento, Valdir Simão.

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