Bento XVI, que anunciou sua renúncia: até o momento, não está definido quem será o representante da Igreja Católica no evento, que reunirá jovens de todas as nacionalidades (Filippo Monteforte/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 17h35.
Brasília - Em meio à repercussão sobre a renúncia do papa Bento XVI, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou hoje (13) a Campanha da Fraternidade 2013, com o tema juventude.
A campanha deste ano é considerada preparatória para a Jornada Mundial da Juventude, que ocorrerá no Rio de Janeiro em julho e deveria contar com a presença de Bento XVI. O secretário-geral da CNBB e bispo auxiliar de Brasília, dom Leonardo Steiner, disse que o afastamento de Bento XVI “não vai atrapalhar” o evento.
O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou ter esperança de que durante a jornada haja a visita do novo papa, previsto para ser eleito entre 15 e 20 de março, segundo o Vaticano.
“A jornada [da juventude] adquire um caráter especial frente à renúncia do papa e a eleição de um novo, que esperamos possa estar presente”, disse Gilberto Carvalho. Segundo ele, o governo está “fortemente engajado” nos preparativos para o encontro e providenciando a facilitação e a gratuidade dos vistos para entrada no Brasil.
Até o momento, não está definido quem será o representante da Igreja Católica no evento, que reunirá jovens de todas as nacionalidades. Mais cedo, o papa Bento XVI enviou mensagem ao Brasil sobre a jornada.
Até o início da Jornada Mundial da Juventude, agendada de 23 a 28 de julho, o foco da Igreja Católica no país deve ser a Campanha da Fraternidade. A CNBB organiza a campanha desde 1964, cada ano com um tema diferente.
Antes da edição deste ano, a juventude já havia sido o tema da iniciativa em 1992. Segundo dom Leonardo Steiner, a campanha de 2013 discutirá questões como preconceito racial, alta taxa de homicídios entre os jovens, gravidez na adolescência e o uso de drogas.
Ao fim da campanha, no domingo que antecede a Páscoa, a coleta de doações nas missas em todo o país é destinada ao Fundo Nacional de Solidariedade, administrado pela Cáritas Brasileira. De acordo com dados divulgados pela organização, a arrecadação somou, no ano passado, R$ 13,6 milhões destinados aos projetos relacionados à saúde, tema de 2012.