Beto Albuquerque reafirma que uso do avião está claro
Candidato a vice do PSB voltou a poupar Marina Silva de responder sobre possíveis irregularidades
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2014 às 18h58.
Sertãozinho - O candidato a vice-presidente na chapa do PSB , Beto Albuquerque (PSB), voltou a poupar Marina Silva de responder sobre possíveis irregularidades sobre o avião que caiu com o ex-candidato Eduardo Campos e outras seis pessoas no último dia 13.
Ele respondeu às indagações dirigidas a Marina e afirmou que o uso do avião está "claro". Mas admitiu que "não está clara a compra da aeronave", numa referência à transação feita entre o Grupo Andrade e empresários de Alagoas.
"Sobre a compra do avião, vocês devem procurar os proprietários, que têm nome, sobrenome e endereço", disse. "Os custos até a queda serão lançados na prestação de contas do Eduardo, que será encerrada com a morte do candidato".
Questionado se o partido não investigou a origem do avião, Albuquerque disse que uma apuração como essa seria semelhante a entrar num táxi e perguntar ao dono se o veículo é roubado.
"Houve a oferta do avião, isso foi pago e agora cabe à Justiça", disse.
Albuquerque reafirmou que o PSB fará o ressarcimento dos créditos e débitos pela utilização da aeronave e que a legenda tem todo interesse que a Polícia Federal e o Ministério Público aprofundem as investigações tanto sobre a compra como sobre as causas do acidente.
O vice cobrou ainda que o Ministério Público Federal em Santos investigue a suspeita de que a queda do avião possa ter sido causada por um choque com um drone. "Isso precisa ser esclarecido e não pode ser colocado embaixo do tapete", disse.
O candidato a vice disse ainda que não crê que haja irregularidade na concessão de benefícios fiscais à Bandeirantes Companhia de Pneus LTDA, uma das empresas que teriam adquirido a aeronave.
Em 2011, quando era governador de Pernambuco, Eduardo Campos retirou limites de importação de pneus para a empresa, medida que havia sido definida em um governo anterior ao dele.
"Fazer link com essa ação tomada em 2011 pode ser uma ilação", afirmou Albuquerque.