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Beltrame quer que comandante da PM explique anistia

Secretário de Segurança do Rio foi surpreendido pela medida e disse que vai pedir explicações ao chefe da PM


	Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro
 (Marcello Casal Jr./ABr)

Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro (Marcello Casal Jr./ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2013 às 17h54.

Rio - A decisão tomada pelo comandante da Polícia Militar do Rio, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, de anistiar os PMs que sofreram punições administrativas, foi criticada neste domingo pelo superior do militar, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. Ele afirmou ter sido surpreendido pela medida e disse que vai pedir explicações ao chefe da PM.

A depender dos esclarecimentos, a iniciativa, que beneficiou até policiais que cumpriam prisões administrativas, poderá ser revogada, admitiu. "Da maneira como foi colocado, da maneira como foi apresentado, eu não gostei. Acho que precisamos explicar melhor, sobretudo para a sociedade, pois a secretaria e a polícia precisam entender o que significam essas ações administrativas. Eu aguardo explicações efetivas do que significa isso", afirmou o secretário durante visita ao Complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

O benefício foi anunciado em boletim interno da PM publicado na última quinta-feira. Os policiais detidos nos quartéis poderão voltar ao trabalho regular nas ruas. A PM não informou quantos policiais foram beneficiados nem quando o benefício começou a vigorar.

No boletim, o comandante da PM elogia "o alto grau de profissionalismo" dos policiais "nas manifestações populares pacíficas e nos protestos ilegítimos e violentos", e também durante os grandes eventos realizados recentemente no Rio (a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude).

Em nota, a PM informou que "a dispensa do cumprimento da prisão (...) se refere ao fato de a Polícia Militar ter cumprido escalas de serviço mais extenuantes nos últimos dois meses" e que os episódios "mais graves" de faltas administrativas continuam "sob Conselho de Disciplina". "A medida se refere a casos de menor potencial ofensivo", conclui a corporação.

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