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Beltrame promete ação na Rocinha e no Vidigal, no Rio

"Quem apostar na derrota, vamos dobrar a aposta", disse o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro

Beltrame: "Se chegamos ao Alemão, vamos chegar à Rocinha e ao Vidigal" (Marino Azevedo/Governo do Rio de Janeiro)
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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2011 às 14h20.

Rio de Janeiro - O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse que Rocinha e Vidigal, ambas na zona sul estão entre os próximos objetivos da polícia. "Quem apostar na derrota, vamos dobrar a aposta. Se chegamos ao Alemão, vamos chegar à Rocinha e ao Vidigal", afirmou. Beltrame classificou o Alemão como "coração do mal" e prometeu manter a ocupação da área.

Sete dias após o primeiro ataque da semana de terror no Rio, 2.700 homens das Polícias Civil, Militar e Federal e das Forças Armadas entraram ontem no Complexo do Alemão, na zona norte. Não houve o combate que se esperava. Tampouco foram presos os chefes do tráfico da Vila Cruzeiro, Fabiano Atanazio, o FB, e do Alemão Luciano Martiniano da Silva, o Pezão.

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A inteligência da polícia recebeu informações de que FB teria fugido para a Favela da Mangueira ou para Manguinhos, ambas dominadas pelo Comando Vermelho (CV). Há informações de que parte dos cerca de 500 traficantes que a polícia estimava estarem no complexo fugiu para a Rocinha, dominada pela facção Amigos dos Amigos (ADA).

Beltrame minimizou o baixo número de prisões - cerca de duas dezenas. “Há marginais presos, há marginais que fugiram e posso garantir que os que fugiram, sem arma, sem casa, sem território, são muito menos do que eram antes”, disse.

Duas prisões foram consideradas estratégicas pela polícia. Uma é Sandra Helena Ferreira Maciel, a Sandra Sapatão, que era do Jacarezinho - região já dominada por uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) - e, segundo a polícia, ligada aos traficantes Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, e Luís Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Outra foi a do traficante Elizeu Felício de Souza, o Zeu, um dos condenados pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Varredura

A invasão foi rápida. Em 1h30 de ataque, o domínio da área central do complexo estava consolidado, embora ainda houvesse resistência em pontos de difícil acesso. Em seguida, a polícia iniciou a varredura, de casa em casa - seriam 30 mil no local. O trabalho seguirá nos próximos dias. “Todas as casas serão revistadas. Beco por beco, buraco por buraco”, afirmou o comandante-geral da PM, Mario Sergio Duarte. Com 1h30 de operação, ele declarou: “Vencemos, vencemos. Trouxemos a liberdade para a população do Alemão."

O governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), indicou que as Forças Armadas devem continuar a apoiar as operações de recuperação de áreas dominadas pelo tráfico. “As nossas Polícias Civil e Militar, continuarão trabalhando articuladas com as Forças Armadas e a Polícia Federal para que possamos reconquistar mais territórios.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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