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Bebianno vai ao Senado falar sobre denúncias de laranjal no PSL

Ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência vai a audiência para esclarecer denúncias de uso de candidaturas para desvio de recursos eleitorais

BEBIANNO: ex-ministro vai ao Senado dar explicações sobre pagamentos do fundo partidário / José Cruz/Agência Brasil (José Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2019 às 06h43.

Última atualização em 19 de março de 2019 às 07h06.

As denúncias de uso de candidaturas laranja pelo PSL, o partido do presidente, Jair Bolsonaro, será pauta do Senado nesta terça-feira. O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno , comparecerá a uma audiência na Casa para esclarecer as denúncias de uso de candidaturas de mulheres para desvio de recursos eleitorais.

A audiência acontece a partir das 10h na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor, e foi marcada a pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

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Reportagem do jornal Folha de S.Paulo em fevereiro revelou que quatro candidatas em Pernambuco e uma em Minas receberam para suas campanhas 679 mil reais do partido no total, embora tenham tido poucos votos. O problema: não há evidência de que elas fizeram campanha, e o dinheiro foi gasto em empresas ligadas a políticos do PSL.

Bebianno foi convidado a explicar as acusações de que, durante seu período como presidente do PSL no ano passado, teria conhecimento do esquema — uma vez que era ele quem assinava os repasses do fundo partidário.

Bebianno, por sua vez, aponta que não tinha conhecimento do caso e que os culpados são os líderes regionais do PSL. Assim, o episódio também implicou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (em Minas), e o atual presidente do PSL, Luciano Bivar (em Pernambuco). Uma das candidatas laranja divulgou uma conversa de um assessor do ministro do Turismo ameaçando-a para ter o dinheiro da campanha de volta.

Bebianno costumava ser braço direito do presidente até o episódio. O caso gerou uma “guerra de áudios” em que conversas do então ministro com o presidente foram vazadas — tanto pelo próprio Bebianno quanto por Carlos Bolsonaro, filho do presidente.

O laranjal tornou-se o maior escândalo dos primeiros meses de governo Bolsonaro — e tema de fantasias e marchinhas no carnaval. O caso segue sem grandes explicações por parte do governo, enquanto Bivar continua na presidência do PSL e Antônio segue à frente do Turismo.

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