Barbosa defende que reforma da Previdência seja feita agora
De acordo com o ministro, é importante que aperfeiçoamentos sejam feitos agora, de forma gradual, evitando que no futuro as mudanças tenham que ser abruptas
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 17h17.
Brasília - Em apresentação feita nesta quarta-feira, 17, no Fórum de Debates sobre Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social, o ministro da Fazenda , Nelson Barbosa , defendeu que reformas de longo prazo são necessárias para estabilizar a economia no curto prazo.
Ele argumentou, ao explicar a necessidade de uma reforma da Previdência, que a sustentabilidade do sistema melhora as contas públicas no futuro, o que gera impacto imediato na economia.
"A melhora das expectativas fiscais reduz a volatilidade cambial, possibilita a queda das taxas de juros de longo prazo e incentiva o investimento e a geração de emprego", defendeu, na apresentação feita a membros do governo, empresários, aposentados e sindicalistas. Barbosa deixou o Palácio do Planalto sem falar com a imprensa.
De acordo com o ministro, é importante que aperfeiçoamentos sejam feitos agora, de forma gradual, evitando que no futuro as mudanças tenham que ser abruptas.
"Qualquer mudança deve respeitar os direitos adquiridos e ter impactos graduais e crescentes sobre o resultado da Previdência e da economia", disse.
Em sua explicação, Barbosa mostrou que as projeções populacionais mostram que, em 2050, o Brasil terá praticamente o mesmo número de pessoas em idade ativa que hoje, ao mesmo tempo que o número de idosos irá crescer 217%.
No debate proposto pelo governo, foram sugeridos sete temas, colocados como prioridades: Demografia e idade média das aposentadorias; financiamento da Previdência; diferença de regras entre homens e mulheres; pensões por morte; Previdência rural; regimes próprios de Previdência; convergência dos sistemas previdenciários.
Também em apresentação ao fórum, o ex-ministro e atual secretário especial da Previdência, Carlos Gabas, apresentou números para explicar o fim do chamado bônus demográfico.
Segundo ele, a taxa de fecundidade caiu 57,7% entre 1980 e 2015, passando de 4,1 para 1,7 filhos nascidos vivos por mulher. Além disso, afirmou, nos últimos 35 anos, a esperança de vida ao nascer subiu 12,8 anos.
"O aumento da longevidade da população demanda ações específicas para a sustentabilidade da seguridade social", disse.
Gabas destacou ainda que o resultado negativo do Regime Geral de Previdência Social possui uma tendência de crescimento. No ano passado, o déficit foi de R$ 85,8 bilhões ante os R$ 56,7 bilhões de 2014.
De acordo com o secretário, o resultado de 2015 foi "adicionalmente impactado pela queda de receitas".
O secretário mostrou ainda os números da previdência urbana e rural e destacou que a idade média de aposentadoria no Brasil, atualmente em 58 anos, "está no piso da experiência internacional".
Brasília - Em apresentação feita nesta quarta-feira, 17, no Fórum de Debates sobre Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social, o ministro da Fazenda , Nelson Barbosa , defendeu que reformas de longo prazo são necessárias para estabilizar a economia no curto prazo.
Ele argumentou, ao explicar a necessidade de uma reforma da Previdência, que a sustentabilidade do sistema melhora as contas públicas no futuro, o que gera impacto imediato na economia.
"A melhora das expectativas fiscais reduz a volatilidade cambial, possibilita a queda das taxas de juros de longo prazo e incentiva o investimento e a geração de emprego", defendeu, na apresentação feita a membros do governo, empresários, aposentados e sindicalistas. Barbosa deixou o Palácio do Planalto sem falar com a imprensa.
De acordo com o ministro, é importante que aperfeiçoamentos sejam feitos agora, de forma gradual, evitando que no futuro as mudanças tenham que ser abruptas.
"Qualquer mudança deve respeitar os direitos adquiridos e ter impactos graduais e crescentes sobre o resultado da Previdência e da economia", disse.
Em sua explicação, Barbosa mostrou que as projeções populacionais mostram que, em 2050, o Brasil terá praticamente o mesmo número de pessoas em idade ativa que hoje, ao mesmo tempo que o número de idosos irá crescer 217%.
No debate proposto pelo governo, foram sugeridos sete temas, colocados como prioridades: Demografia e idade média das aposentadorias; financiamento da Previdência; diferença de regras entre homens e mulheres; pensões por morte; Previdência rural; regimes próprios de Previdência; convergência dos sistemas previdenciários.
Também em apresentação ao fórum, o ex-ministro e atual secretário especial da Previdência, Carlos Gabas, apresentou números para explicar o fim do chamado bônus demográfico.
Segundo ele, a taxa de fecundidade caiu 57,7% entre 1980 e 2015, passando de 4,1 para 1,7 filhos nascidos vivos por mulher. Além disso, afirmou, nos últimos 35 anos, a esperança de vida ao nascer subiu 12,8 anos.
"O aumento da longevidade da população demanda ações específicas para a sustentabilidade da seguridade social", disse.
Gabas destacou ainda que o resultado negativo do Regime Geral de Previdência Social possui uma tendência de crescimento. No ano passado, o déficit foi de R$ 85,8 bilhões ante os R$ 56,7 bilhões de 2014.
De acordo com o secretário, o resultado de 2015 foi "adicionalmente impactado pela queda de receitas".
O secretário mostrou ainda os números da previdência urbana e rural e destacou que a idade média de aposentadoria no Brasil, atualmente em 58 anos, "está no piso da experiência internacional".