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Bando atira contra jornalistas na Rocinha

De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, após a saída dos jornalistas, houve um confronto entre policiais e criminosos

Favela: a Rocinha tem uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde setembro de 2012 (Marcelo Horn/ GERJ)
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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2014 às 08h17.

Rio - Uma equipe de reportagem do jornal O Globo foi recebida a tiros na Favela da Rocinha, na zona sul do Rio, ontem de manhã. Repórter e fotógrafo não foram atingidos e estão bem, mas tiveram de deixar a comunidade.

Os jornalistas pretendiam fazer uma reportagem sobre o alargamento da Rua 2 e as consequentes desapropriações previstas nas obras da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2). Segundo o relato deles, durante os disparos, ocorridos por volta das 9 horas na região conhecida como Via Ápia, a associação de moradores da Rocinha fechou as portas, forçando a equipe a buscar abrigo em uma loja. Após cinco minutos de tiros, um homem bateu na porta do estabelecimento ordenando a saída dos repórteres da comunidade.

A associação de moradores da Rocinha informou que fechou por questão de segurança e que os tiroteios são regulares na comunidade. De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, após a saída dos jornalistas, houve um confronto entre policiais e criminosos, e uma granada foi apreendida.

Procurada pela reportagem, a direção de redação do jornal divulgou um posicionamento: "Nossa orientação para os repórteres é que sempre garantam, em primeiro lugar, sua segurança pessoal e que não corram risco em hipótese nenhuma. Ameaças, porém, jamais afastarão o jornalismo do Globo da busca por notícias".

Os dois jornalistas estão bem e trabalharam normalmente após o episódio, informou a direção. A Rocinha tem uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde setembro de 2012.

Repercussão. A Associação Nacional de Jornais (ANJ), por meio de seu diretor executivo, Ricardo Pedreira, lamentou o episódio e cobrou providências da polícia. "A sequência de episódios de jornalistas ameaçados enquanto estavam trabalhando demonstra a falta de segurança e o desrespeito que o profissional enfrenta durante sua rotina de trabalho. A Associação espera que a polícia identifique o autor desses tiros e que ele seja preso e condenado", afirmou.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) também condenou a violência praticada contra a equipe. "Lamentamos o episódio e cobramos das autoridades medidas urgentes para melhorar a segurança dos jornalistas, principalmente durante o exercício da profissão", afirmou José Carlos Torves, do Departamento de Relações Institucionais. Segundo ele, o presidente da Fenaj, Celso Schröder, se reuniu dias atrás com representantes do Ministério da Justiça para discutir a implementação de medidas de proteção a jornalistas. A entidade propôs um protocolo de segurança a ser adotado para proteger os profissionais e a criação de um grupo responsável por acompanhar os casos de violência.

Outro caso. No dia 10, o repórter Henrique Soares, do portal de notícias G1, foi feito refém por criminosos durante a apuração de uma reportagem na Avenida Itaoca, no Complexo de Favelas do Alemão, na zona norte do Rio, por volta de meio-dia. Ele foi solto após cerca de 40 minutos, com ferimentos leves na cabeça e nos braços. Soares estava fazendo uma reportagem sobre a falta de moradias e ocupações no Rio. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

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Rio - Uma equipe de reportagem do jornal O Globo foi recebida a tiros na Favela da Rocinha, na zona sul do Rio, ontem de manhã. Repórter e fotógrafo não foram atingidos e estão bem, mas tiveram de deixar a comunidade.

Os jornalistas pretendiam fazer uma reportagem sobre o alargamento da Rua 2 e as consequentes desapropriações previstas nas obras da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2). Segundo o relato deles, durante os disparos, ocorridos por volta das 9 horas na região conhecida como Via Ápia, a associação de moradores da Rocinha fechou as portas, forçando a equipe a buscar abrigo em uma loja. Após cinco minutos de tiros, um homem bateu na porta do estabelecimento ordenando a saída dos repórteres da comunidade.

A associação de moradores da Rocinha informou que fechou por questão de segurança e que os tiroteios são regulares na comunidade. De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, após a saída dos jornalistas, houve um confronto entre policiais e criminosos, e uma granada foi apreendida.

Procurada pela reportagem, a direção de redação do jornal divulgou um posicionamento: "Nossa orientação para os repórteres é que sempre garantam, em primeiro lugar, sua segurança pessoal e que não corram risco em hipótese nenhuma. Ameaças, porém, jamais afastarão o jornalismo do Globo da busca por notícias".

Os dois jornalistas estão bem e trabalharam normalmente após o episódio, informou a direção. A Rocinha tem uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde setembro de 2012.

Repercussão. A Associação Nacional de Jornais (ANJ), por meio de seu diretor executivo, Ricardo Pedreira, lamentou o episódio e cobrou providências da polícia. "A sequência de episódios de jornalistas ameaçados enquanto estavam trabalhando demonstra a falta de segurança e o desrespeito que o profissional enfrenta durante sua rotina de trabalho. A Associação espera que a polícia identifique o autor desses tiros e que ele seja preso e condenado", afirmou.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) também condenou a violência praticada contra a equipe. "Lamentamos o episódio e cobramos das autoridades medidas urgentes para melhorar a segurança dos jornalistas, principalmente durante o exercício da profissão", afirmou José Carlos Torves, do Departamento de Relações Institucionais. Segundo ele, o presidente da Fenaj, Celso Schröder, se reuniu dias atrás com representantes do Ministério da Justiça para discutir a implementação de medidas de proteção a jornalistas. A entidade propôs um protocolo de segurança a ser adotado para proteger os profissionais e a criação de um grupo responsável por acompanhar os casos de violência.

Outro caso. No dia 10, o repórter Henrique Soares, do portal de notícias G1, foi feito refém por criminosos durante a apuração de uma reportagem na Avenida Itaoca, no Complexo de Favelas do Alemão, na zona norte do Rio, por volta de meio-dia. Ele foi solto após cerca de 40 minutos, com ferimentos leves na cabeça e nos braços. Soares estava fazendo uma reportagem sobre a falta de moradias e ocupações no Rio. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

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