Bancos públicos ignoram crise e reduzem provisões
Desde o início do ano, instituições privadas têm aumentado as provisões em ritmo mais forte que as operações de crédito
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2011 às 09h32.
São Paulo - Mesmo com a crise batendo à porta, os bancos públicos parecem não estar muito preocupados com um eventual aumento da inadimplência. Enquanto os bancos privados separaram mais de R$ 1 bilhão apenas em agosto para reforçar a proteção contra calotes, instituições controladas pelo governo reduziram suas provisões em R$ 36 milhões no mês.
Dados do Banco Central mostram que, no último trimestre, bancos particulares separaram R$ 1 em provisão para cada R$ 9,10 emprestados. Já os públicos reservaram R$ 1 para cada R$ 34,90 em novos financiamentos. Bancos públicos e privados chegam ao atual estágio da crise - considerado o mais grave até agora - com estratégias bem diferentes para se preparar contra uma eventual piora da saúde financeira dos clientes. Desde o início do ano, instituições privadas têm aumentado as provisões em ritmo mais forte que as operações de crédito. Nos públicos, acontece exatamente o contrário: empréstimos crescem mais que as provisões contra calote.
Enquanto as operações de crédito dos bancos particulares cresceram 3,6% de junho a agosto, a provisão aumentou 6,5%. No mesmo período, empréstimos em instituições como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES avançaram 5,8%, ritmo mais forte que a alta de 3,7% da reserva contra a inadimplência. A diferença se repete em outras comparações desde o início de 2011. Ainda que em ritmo diferente, o mesmo movimento é visto desde 2008, quando o governo decidiu que instituições como o BB, Caixa e BNDES deveriam emprestar mais para manter a economia aquecida.
A estratégia deu certo e o Brasil saiu mais rápido da crise que outros países. Cobertor curto. Parte dessa fatura, porém, aparece agora: proporcionalmente, bancos públicos estão menos "protegidos" contra calotes que os privados. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
São Paulo - Mesmo com a crise batendo à porta, os bancos públicos parecem não estar muito preocupados com um eventual aumento da inadimplência. Enquanto os bancos privados separaram mais de R$ 1 bilhão apenas em agosto para reforçar a proteção contra calotes, instituições controladas pelo governo reduziram suas provisões em R$ 36 milhões no mês.
Dados do Banco Central mostram que, no último trimestre, bancos particulares separaram R$ 1 em provisão para cada R$ 9,10 emprestados. Já os públicos reservaram R$ 1 para cada R$ 34,90 em novos financiamentos. Bancos públicos e privados chegam ao atual estágio da crise - considerado o mais grave até agora - com estratégias bem diferentes para se preparar contra uma eventual piora da saúde financeira dos clientes. Desde o início do ano, instituições privadas têm aumentado as provisões em ritmo mais forte que as operações de crédito. Nos públicos, acontece exatamente o contrário: empréstimos crescem mais que as provisões contra calote.
Enquanto as operações de crédito dos bancos particulares cresceram 3,6% de junho a agosto, a provisão aumentou 6,5%. No mesmo período, empréstimos em instituições como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES avançaram 5,8%, ritmo mais forte que a alta de 3,7% da reserva contra a inadimplência. A diferença se repete em outras comparações desde o início de 2011. Ainda que em ritmo diferente, o mesmo movimento é visto desde 2008, quando o governo decidiu que instituições como o BB, Caixa e BNDES deveriam emprestar mais para manter a economia aquecida.
A estratégia deu certo e o Brasil saiu mais rápido da crise que outros países. Cobertor curto. Parte dessa fatura, porém, aparece agora: proporcionalmente, bancos públicos estão menos "protegidos" contra calotes que os privados. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.