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Bancários aceitam proposta e põem fim à greve

São Paulo, que reúne a maior parte das agências do País, foi a última região a avaliar a proposta em assembleia

Até a decisão dos bancários, pelo menos 8,3 mil agências do País estavam com as portas fechadas (.)
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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2010 às 13h01.

Depois de 15 dias de paralisação, os bancários aceitaram hoje a proposta dos bancos de reajuste salarial de 7,5% para quem ganha até R$ 5.250. Acima dessa faixa, a oferta é uma parcela fixa de R$ 393,75 ou a correção da inflação (4,29%), o que for mais vantajoso. Banco do Brasil e Caixa vão reajustar em 7,5% independentemente do salário. As agências devem voltar a funcionar normalmente a partir de amanhã, dia 14.

A proposta dos bancos inclui ainda reajuste de 7,5% para todos os benefícios. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR) também será corrigida em 7,5%, com exceção do limite individual da Parcela Adicional, em que o valor passará de R$ 2.100 para R$ 2.400 (14,28%). Para os funcionários da Caixa, a proposta é distribuir 4% do lucro líquido de maneira linear para todos os empregados.

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São Paulo, que reúne a maior parte das agências do País, foi a última região a avaliar a proposta em assembleia. Mesmo antes da decisão, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, já afirmava que a proposta dos banqueiros era "satisfatória" e sugeria que todas as assembleias aceitassem o reajuste. Cordeiro também disse que as agências devem funcionar normalmente a partir de amanhã.

Até a decisão dos bancários, pelo menos 8,3 mil agências do País - de um total de 19,8 mil - estavam com as portas fechadas, segundo a Contraf. Trata-se da maior greve organizada pela categoria nos últimos 20 anos. “Esses avanços nas negociações só foram possíveis por causa da grande participação dos bancários”, disse Cordeiro.

A greve foi iniciada quando a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs reajuste de 4,29% (equivalente a inflação) aos funcionários, que exigiam 11% - o que representaria aumento real de 5% nos ganhos mensais - entre outros benefícios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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