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Bairro fica 48h sem luz; Haddad fala em 'quase furacão'

Moradores da zona sul e oeste ficaram mais de 48 horas sem luz após a queda de ao menos 480 árvores, parte delas atingindo a rede elétrica


	Temporal: Prefeitura organizou uma força-tarefa para normalizar a situação até a tarde de hoje
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Temporal: Prefeitura organizou uma força-tarefa para normalizar a situação até a tarde de hoje (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2014 às 10h08.

São Paulo - O temporal da madrugada de segunda-feira ainda causa problemas em São Paulo. Moradores da zona sul e oeste ficaram mais de 48 horas sem luz após a queda de ao menos 480 árvores, parte delas atingindo a rede elétrica.

Até as 19 horas de ontem, ainda havia 200 mil pessoas sem energia. A Prefeitura organizou uma força-tarefa para normalizar a situação até a tarde de hoje. Ontem, o prefeito Fernando Haddad afirmou que a cidade viveu uma situação "próxima de um furação".

Em entrevista ao SPTV, da Rede Globo, Haddad comparou a situação à tragédia do Furação Katrina, em 2005, nos Estados Unidos. "O Furacão Katrina, lá atrás, devastou a Flórida, com 120 km (por hora) de vento. Nós tivemos 100 km (por hora) de vento. O que aconteceu em São Paulo nos últimos dois dias foi algo muito próximo de um furacão." Na realidade, o Katrina alcançou 233 k/h, destruindo grande parte de New Orleans.

Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, 480 árvores caíram entre segunda e terça-feira. A Defesa Civil deslocou 55 equipes para ajudar na remoção dos troncos e outras 79 para a manutenção de áreas verdes. "Já executamos uma etapa de trabalho, que foi liberar vias importantes que estavam com o trânsito bloqueado em função das árvores. Agora estamos trabalhando em áreas residenciais e, até hoje (ontem) à tarde, vamos recolher os troncos e deixar tudo limpo pra 2015", prometeu o coordenador Milton Persoli.

Luz

O total de afetados pelo apagão, segundo a AES Eletropaulo, foi de 500 mil pessoas - cerca de 200 mil ainda estavam no escuro até às 19 horas de ontem. Bairros da zona sul estão sem luz há dois dias. A moradora do Brooklin Luciana Migliano, de 35 anos, diz que já ligou mais de 40 vezes para a Eletropaulo e não recebeu previsão de retorno da energia. "Já perdi toda a comida que estava na geladeira. Minha vizinha teve de jogar a insulina fora e nem sei se vou ter luz em casa pra comemorar o ano-novo", reclamou.

Na Vila Olímpia, Guiomar Guedes, de 69 anos, interrompeu a quimioterapia por falta de luz na clínica particular em que é atendida. "Estou há dois dias sem tratamento e apavorada pelo que pode acontecer". A Eletropaulo informou que 2 mil técnicos trabalham na troca de equipamentos, postes e fiações para restabelecer a energia.

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