Bahia anuncia plano para concessão do elevador Lacerda
A prefeitura anunciou que prepara um projeto de concessão da operação do elevador, inaugurado em 1873, para a iniciativa privada
Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2011 às 18h36.
Salvador - Após uma série de problemas registrados este ano no Elevador Lacerda, um dos principais cartões-postais de Salvador, a prefeitura admitiu a incapacidade de fazer a manutenção necessária do equipamento e anunciou que prepara um projeto de concessão da operação do elevador, inaugurado em 1873, para a iniciativa privada.
A proposta, segundo a Secretaria de Transportes e Infraestrutura (Setin), está sendo elaborada há dois meses e prevê a abertura do processo de concessão em novembro, para que a iniciativa privada tenha condições de assumir a operação no início do próximo ano.
De acordo com os estudos iniciais, a empresa que assumisse a administração do Lacerda teria de operar, também, os outros três equipamentos que fazem a ligação entre as Cidades Alta e Baixa da cidade, chamados Planos Inclinados.
Segundo o secretário José Mattos, a concessão é a melhor saída para que os equipamentos recebam a manutenção adequada. Segundo a pasta, apenas o Elevador Lacerda precisa de investimentos mensais de R$ 250 mil - sem contar que toda a estrutura precisa passar por uma profunda revisão. A última foi realizada há 15 anos.
"Nós vamos exigir que haja uma ampla reforma, incluindo a substituição de toda a motorização dos equipamentos, para que as constantes interrupções dos serviços deixem de ocorrer", afirma Mattos. "A concessão é uma alternativa legítima, já usada em diversos outros lugares. O trenzinho que leva ao topo do Corcovado (no Rio), por exemplo, também é operado e gerido pela iniciativa privada."
Há quase dois meses, apenas duas das quatro cabines do Elevador Lacerda funcionam, por problemas nos motores, causando filas para as cerca de 30 mil pessoas que passam diariamente pelo equipamento, que liga o bairro do Comércio à Praça Tomé de Souza onde fica a prefeitura e a Câmara.
A situação é ainda pior em alguns planos inclinados. O Gonçalves o mais antigo deles, de 1874, que faz a ligação entre o Comércio e a Praça da Sé, no Pelourinho, por exemplo, está fechado há meio ano, desde que foi detectada uma instabilidade no solo da encosta onde estão fixados seus trilhos. Segundo a prefeitura, passam pelos três planos inclinados, diariamente, 15 mil pessoas.
Aumento
O projeto ainda não foi oficialmente apresentado, mas já causa polêmica entre os usuários. O principal fator de discórdia é o preço da passagem. Os primeiros estudos apontam que, para se tornar comercialmente viável, a passagem no Elevador Lacerda teria de ser reajustada dos atuais R$ 0,15 para R% 0,50. "Nossos esforços são para que o aumento seja o menor possível", diz Mattos.
Segundo a Setin, o processo de concessão das ligações entre as Cidades Baixa e Alta de Salvador devem ser estendidos a estações rodoviárias do município que necessitam de grandes intervenções de manutenção. A maior delas, a Estação da Lapa, por onde passam cerca de 500 mil pessoas por dia, por exemplo, tem quatro das onze escadas rolantes quebradas - duas delas há oito meses.
Salvador - Após uma série de problemas registrados este ano no Elevador Lacerda, um dos principais cartões-postais de Salvador, a prefeitura admitiu a incapacidade de fazer a manutenção necessária do equipamento e anunciou que prepara um projeto de concessão da operação do elevador, inaugurado em 1873, para a iniciativa privada.
A proposta, segundo a Secretaria de Transportes e Infraestrutura (Setin), está sendo elaborada há dois meses e prevê a abertura do processo de concessão em novembro, para que a iniciativa privada tenha condições de assumir a operação no início do próximo ano.
De acordo com os estudos iniciais, a empresa que assumisse a administração do Lacerda teria de operar, também, os outros três equipamentos que fazem a ligação entre as Cidades Alta e Baixa da cidade, chamados Planos Inclinados.
Segundo o secretário José Mattos, a concessão é a melhor saída para que os equipamentos recebam a manutenção adequada. Segundo a pasta, apenas o Elevador Lacerda precisa de investimentos mensais de R$ 250 mil - sem contar que toda a estrutura precisa passar por uma profunda revisão. A última foi realizada há 15 anos.
"Nós vamos exigir que haja uma ampla reforma, incluindo a substituição de toda a motorização dos equipamentos, para que as constantes interrupções dos serviços deixem de ocorrer", afirma Mattos. "A concessão é uma alternativa legítima, já usada em diversos outros lugares. O trenzinho que leva ao topo do Corcovado (no Rio), por exemplo, também é operado e gerido pela iniciativa privada."
Há quase dois meses, apenas duas das quatro cabines do Elevador Lacerda funcionam, por problemas nos motores, causando filas para as cerca de 30 mil pessoas que passam diariamente pelo equipamento, que liga o bairro do Comércio à Praça Tomé de Souza onde fica a prefeitura e a Câmara.
A situação é ainda pior em alguns planos inclinados. O Gonçalves o mais antigo deles, de 1874, que faz a ligação entre o Comércio e a Praça da Sé, no Pelourinho, por exemplo, está fechado há meio ano, desde que foi detectada uma instabilidade no solo da encosta onde estão fixados seus trilhos. Segundo a prefeitura, passam pelos três planos inclinados, diariamente, 15 mil pessoas.
Aumento
O projeto ainda não foi oficialmente apresentado, mas já causa polêmica entre os usuários. O principal fator de discórdia é o preço da passagem. Os primeiros estudos apontam que, para se tornar comercialmente viável, a passagem no Elevador Lacerda teria de ser reajustada dos atuais R$ 0,15 para R% 0,50. "Nossos esforços são para que o aumento seja o menor possível", diz Mattos.
Segundo a Setin, o processo de concessão das ligações entre as Cidades Baixa e Alta de Salvador devem ser estendidos a estações rodoviárias do município que necessitam de grandes intervenções de manutenção. A maior delas, a Estação da Lapa, por onde passam cerca de 500 mil pessoas por dia, por exemplo, tem quatro das onze escadas rolantes quebradas - duas delas há oito meses.