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Autoridades discutem visita de Temer à Casa Branca, dizem fontes

Trump convidou Temer a visitá-lo durante uma conversa telefônica, quando os presidentes discutiram as relações comerciais e empresariais entre Brasil e EUA

Michel Temer: o governo Temer espera ver oportunidades de negócios se abrindo nos Estados Unidos em meio aos esforços para recuperar a economia brasileira de uma recessão de dois anos (Valter Campanato/Agência Brasil)

Michel Temer: o governo Temer espera ver oportunidades de negócios se abrindo nos Estados Unidos em meio aos esforços para recuperar a economia brasileira de uma recessão de dois anos (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 29 de março de 2017 às 19h15.

Brasília - Autoridades do Brasil e dos Estados Unidos têm mantido negociações para uma visita do presidente Michel Temer à Casa Branca para discutir o comércio e os investimentos bilaterais, disseram duas fontes ligadas a Temer nesta quarta-feira.

O presidente dos EUA, Donald Trump, convidou Temer a visitá-lo durante uma conversa telefônica no dia 18 de março, quando os dois presidentes discutiram o aprofundamento das relações comerciais e empresariais entre as duas maiores economias do Hemisfério Ocidental.

As promessas de Trump de defender as empresas norte-americanas da competição estrangeira preocuparam os parceiros de Washington em boa parte da América Latina, especialmente no México que está sob pressão para renegociar um acordo de livre comércio com seu vizinho do norte.

Mas o governo Temer espera ver oportunidades de negócios se abrindo nos Estados Unidos em meio aos esforços para recuperar a economia brasileira de uma recessão de dois anos.

As indústrias no Brasil, cujo maior parceiro comercial é a China, têm se beneficiado da fragilidade do real.

Elas podem potencialmente aumentar sua participação no mercado dos EUA caso Trump siga em frente com sua promessa de reformular ou retirar seu país do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), assinado com o México e o Canadá.

"O Brasil não representa uma ameaça para os Estados Unidos. Existem muitas oportunidades de investimentos em ambos os países", disse uma fonte governamental de alto escalão.

As fontes pediram para não terem suas identidades reveladas pois não têm autorização para falar sobre a possível visita de Temer à Casa Branca publicamente.

Elas disseram que ainda não foi estabelecida uma data para a visita.

A assessoria de imprensa de Temer se recusou a comentar.

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