Segundo o presidente do Sindifisco Nacional, Isac Falcão, a proposta não atende todos os pleitos da categoria (Arquivo/Agência Brasil)
Agência de notícias
Publicado em 9 de fevereiro de 2024 às 08h48.
Os auditores da Receita Federal aceitaram a proposta do Ministério da Fazenda, após assembleia-geral nesta quinta-feira, e darão fim à greve da categoria que já dura 81 dias.
Segundo o presidente do Sindifisco Nacional, Isac Falcão, a proposta não atende todos os pleitos da categoria, mas foi considerada "razoável", diante do quadro fiscal.
“Os Auditores-Fiscais estão ansiosos para retomarem as suas atividades e normalizarem os serviços efetuados pela Receita Federal após 81 dias de greve geral. Consideramos que a proposta feita pelo Ministério da Fazenda foi razoável, embora não atenda a todos os pleitos da categoria, está condizente com o cenário fiscal do país”, afirma o presidente do Sindifisco Nacional, Isac Falcão.
A greve será encerrada nesta sexta-feira, mas os auditores afirmam que permanecerão mobilizados até a assinatura do decreto com o novo bônus para a categoria, o que deve ocorrer em até 15 dias úteis.
A categoria, que é uma das mais bem pagas do funcionalismo, terá agora um bônus maior de produtividade. Segundo o Sindifisco, os bônus mensais foram acordados da seguinte forma:
"10,19% para os meses de fevereiro a julho de 2024, com limite mensal de R$ 4.500; 11,33% para os meses de agosto de 2024 a janeiro de 2025, com limite mensal de R$ 5.000; 15,52% para os meses de fevereiro de 2025 a janeiro de 2026, com limite mensal de R$ 7.000; e 25% para os meses de fevereiro de 2026 a janeiro de 2027, com limite mensal de R$ 11.500. A partir de 2027, continuará vigorando o percentual de 25% do Fundaf, mas o limite mensal será definido, anualmente, pelo Comitê Gestor do Programa de Produtividade da Receita Federal do Brasil."
Com o fim da greve, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera que o órgão elabore nos próximos dias um parecer detalhado sobre o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Segundo ele, há indícios de irregularidades, que serão detalhados pelo órgão, mostrando o CPF de empresas que teriam recebido benefícios fora da lei.