Aeronave ATR-72 da Passaredo, similar ao que caiu em Vinhedo (Divulgação)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 9 de agosto de 2024 às 15h30.
Última atualização em 9 de agosto de 2024 às 15h33.
O ATR 72, modelo de avião que caiu em Vinhedo, SP, nesta sexta-feira, 9, é uma aeronave movida a hélices e usada em voos comerciais regionais desde os anos 1980.
O modelo tem capacidade de voar até 1.370 km por vez (distância aproximada de São Paulo a Ilhéus), e pode pousar em pistas médias, de ao menos 915 metros de extensão.
A aeronave é movida por dois motores, um de cada lado do avião, que movimentam hélices abertas. Esse modelo voa em velocidade mais devagar do que os aviões com turbinas, que geram mais potência. A velocidade máxima do ATR 72 é de 511 km/h, enquanto modelos maiores podem chegar quase ao dobro disso.
O ATR 72 pode decolar levando até 23 toneladas de peso. Tem 27,17 metros de cumprimento e 27,05 metros de envergadura, segundo dados do fabricante. Ele pode levar de 44 a 78 passageiros, dependendo da configuração.
O modelo começou a voar em 1988 e teve várias atualizações desde então, especialmente para receber motores que gastem menos combustível, uma das principais demandas das empresas aéreas. Mais de mil unidades do modelo já foram produzidas.
No Brasil, além da VoePass, a Azul e a Map também utilizam o modelo em suas frotas, para voos regionais.
O avião que caiu nesta sexta, de prefixo PS-VPB, havia sido fabricado em 2010 e adquirido pela VoePass em setembro de 2022, segundo dados da Anac. Sua licença atual para voo valia até junho de 2026.
A ATR (Avions de Transport Régional) é uma empresa franco-italiana, controlada pela Airbus e pela Leonardo e se dedica à fabricação de aviões para até 78 passageiros, setor em que é líder global. A marca tem dois modelos no mercado, o ATR 42 e o ATR 72, vendidos em diferentes configurações.