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Atletas pesam ambição contra temor do Zika nas Olimpíadas

Alguns atletas estão repensando seus planos para a Olimpíada do Rio de Janeiro com medo de zika vírus

Olimpíadas: alguns atletas estão repensando seus planos para a Olimpíada do Rio de Janeiro com medo de zika vírus (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2016 às 07h48.

Londres - No momento em que representantes de agências de saúde globais tentam controlar a epidemia de Zika vírus , atletas aspirantes à glória olímpica estão pondo na balança sua fome de ouro e os temores crescentes da doença transmitida por mosquito, que se alastra no Brasil.

O alarme aumentou desde que, na última segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o Zika uma emergência de saúde pública mundial que pode infectar até 4 milhões de pessoas nas Américas.

O Zika é passado pelo mosquito Aedes aegypti, que transmitem o vírus a humanos, e dois casos nos Estados Unidos sugerem que ele também pode ser transmissível por via sexual.

Os sintomas, que incluem febre e irritação na pele, costumam ser amenos, mas as autoridades de saúde estão preocupadas sobretudo com sua ligação em potencial com a microcefalia – uma má-formação cerebral.

Embora a conexão ainda não tenha sido provada, alguns atletas estão repensando seus planos para a Olimpíada do Rio de Janeiro, que começa em 5 de agosto. Muitos outros dizem que tomarão precauções e não permitirão que um risco baixo de infecção tire seu foco.

"Da maneira que vejo, é melhor morrer por um ouro olímpico do que ficar com medo em casa", disse o técnico da equipe de tiro indiana, Ronak Pandit, à Reuters em uma conversa por telefone de sua casa em Mumbai.

O ex-atirador Pandit hoje treina sua esposa, a dentista Heena Sidhu, que no mês passado conquistou uma vaga para competir na modalidade de tiro de pistola de ar comprimido.

"A ideia é não ser picada pelos mosquitos", afirmou ela. "Use repelente de mosquito ou redes de proteção, só saia com roupas compridas, esse tipo de coisa. Não vou alterar meus preparativos. Não estou realmente pensando nisso".

A velejadora dinamarquesa Anne Marie Rindom tampouco se deixou perturbar. "Só vou comprar um repelente de inseto bem forte", contou. "Foi tudo que pensei sobre o assunto. Não estou preocupada".

"Pelo que eu vi e ouvi, se você for uma mulher grávida é muito perigoso", declarou o corredor norte-americano Justin Gatlin à Reuters.

Gatlin, campeão olímpico e mundial, disse que provavelmente irá evitar o Brasil antes dos Jogos, mas que o atrativo da Olimpíada em si deve se mostrar forte demais.

"A esta altura, se eu tiver que correr o risco do vírus, vou correr", garantiu. "Vou tentar conquistar minha vitória e minha glória na Olimpíada. Com sorte, o Zika vírus vai estar mais controlado até agosto".

Há testes pré-olímpicos marcados para o Rio antes de agosto, mas o Comitê Olímpico Internacional (COI) lembra que os Jogos ocorrerão durante os meses de inverno, quando o clima mais seco e frio reduz a presença de mosquitos e o risco de infecção.

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Londres - No momento em que representantes de agências de saúde globais tentam controlar a epidemia de Zika vírus , atletas aspirantes à glória olímpica estão pondo na balança sua fome de ouro e os temores crescentes da doença transmitida por mosquito, que se alastra no Brasil.

O alarme aumentou desde que, na última segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o Zika uma emergência de saúde pública mundial que pode infectar até 4 milhões de pessoas nas Américas.

O Zika é passado pelo mosquito Aedes aegypti, que transmitem o vírus a humanos, e dois casos nos Estados Unidos sugerem que ele também pode ser transmissível por via sexual.

Os sintomas, que incluem febre e irritação na pele, costumam ser amenos, mas as autoridades de saúde estão preocupadas sobretudo com sua ligação em potencial com a microcefalia – uma má-formação cerebral.

Embora a conexão ainda não tenha sido provada, alguns atletas estão repensando seus planos para a Olimpíada do Rio de Janeiro, que começa em 5 de agosto. Muitos outros dizem que tomarão precauções e não permitirão que um risco baixo de infecção tire seu foco.

"Da maneira que vejo, é melhor morrer por um ouro olímpico do que ficar com medo em casa", disse o técnico da equipe de tiro indiana, Ronak Pandit, à Reuters em uma conversa por telefone de sua casa em Mumbai.

O ex-atirador Pandit hoje treina sua esposa, a dentista Heena Sidhu, que no mês passado conquistou uma vaga para competir na modalidade de tiro de pistola de ar comprimido.

"A ideia é não ser picada pelos mosquitos", afirmou ela. "Use repelente de mosquito ou redes de proteção, só saia com roupas compridas, esse tipo de coisa. Não vou alterar meus preparativos. Não estou realmente pensando nisso".

A velejadora dinamarquesa Anne Marie Rindom tampouco se deixou perturbar. "Só vou comprar um repelente de inseto bem forte", contou. "Foi tudo que pensei sobre o assunto. Não estou preocupada".

"Pelo que eu vi e ouvi, se você for uma mulher grávida é muito perigoso", declarou o corredor norte-americano Justin Gatlin à Reuters.

Gatlin, campeão olímpico e mundial, disse que provavelmente irá evitar o Brasil antes dos Jogos, mas que o atrativo da Olimpíada em si deve se mostrar forte demais.

"A esta altura, se eu tiver que correr o risco do vírus, vou correr", garantiu. "Vou tentar conquistar minha vitória e minha glória na Olimpíada. Com sorte, o Zika vírus vai estar mais controlado até agosto".

Há testes pré-olímpicos marcados para o Rio antes de agosto, mas o Comitê Olímpico Internacional (COI) lembra que os Jogos ocorrerão durante os meses de inverno, quando o clima mais seco e frio reduz a presença de mosquitos e o risco de infecção.

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