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Assinada por Lula e todos os governadores, carta diz que democracia é inegociável

A Carta de Brasília valoriza os consórcios públicos e anuncia a criação do Conselho da Federação

Presidente Lula: Carta de Brasília foi assinada nesta sexta-feira, 27 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Presidente Lula: Carta de Brasília foi assinada nesta sexta-feira, 27 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de janeiro de 2023 às 18h04.

Última atualização em 27 de janeiro de 2023 às 18h31.

A Carta de Brasília, assinada nesta sexta-feira, 27, por todos os governadores do País e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estabelece a democracia como um valor inegociável e se compromete com uma agenda comum para o combate ao desemprego e à inflação.

O documento foi divulgado após a reunião dos governadores com Lula, promovida hoje no Palácio do Planalto para anunciar a retomada do diálogo federativo e dar início às discussões sobre a recomposição do ICMS dos Estados e a retomada de obras paralisadas.

"Reafirmamos nosso compromisso com o estado democrático de direito e com a estabilidade institucional e social do País. A democracia é um valor inegociável", diz a carta divulgada pelo governo.

A Carta de Brasília valoriza os consórcios públicos e anuncia a criação do Conselho da Federação. O fórum dará assento a representantes da União, dos Estados e dos municípios para definir uma "agenda permanente de diálogo".

"Todos os nossos esforços serão orientados pela agenda do desenvolvimento para superarmos o desemprego, a inflação, a fome e a pobreza em uma agenda integrada e negociada permanentemente" afirma o documento.

Veja a Carta de Brasília na íntegra

Em reunião realizada hoje, 27 de janeiro de 2023, entre os 27 Governadores e Governadoras dos Estados e do Distrito Federal com o Presidente da República, reafirmamos nosso compromisso com o estado democrático de direito e com a estabilidade institucional e social do País.

A democracia é um valor inegociável. Somente por meio do diálogo que ela favorece poderemos priorizar um crescimento econômico com redução das nossas desigualdades e das mazelas sociais que hoje impõem sofrimento e desesperança para uma parcela significativa da população brasileira.

O encontro de hoje ratificou o desejo de todos para que o pacto federativo funcione em um ambiente cooperativo e eficiente para superarmos os entraves econômicos e para lidarmos com as grandes necessidades do povo brasileiro.

Por meio dos Consórcios Públicos, buscaremos resgatar as ferramentas de políticas públicas que facilitem uma gestão compartilhada dos recursos públicos entre a União, Estados e municípios, e que favoreçam o desenvolvimento regional.

Juntos criaremos um Conselho da Federação. Nele terão assento representantes da União, dos Estados e dos municípios visando definir uma agenda permanente de diálogo e pactuação em torno de temas definidos como prioritários pelos entes federados.

Todos os nossos esforços serão orientados pela agenda do desenvolvimento para superarmos o desemprego, a inflação, a fome e a pobreza em uma agenda integrada e negociada permanentemente.

Brasília, 27 de janeiro de 2023.

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