Brasil

Assembleia de SP vai abrir poço para enfrentar crise hídrica

O órgão também decidiu criar um comitê para discutir ações de enfrentamento da seca no Estado


	Balde de água: segundo o presidente da Casa, Chico Sardelli (PV), o poço deve custar cerca de R$ 150 mil
 (Thinkstock)

Balde de água: segundo o presidente da Casa, Chico Sardelli (PV), o poço deve custar cerca de R$ 150 mil (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 14h22.

São Paulo - Mais de um ano após o início da crise hídrica e diante do iminente rodízio oficial de água na Grande São Paulo, a Assembleia Legislativa decidiu criar um comitê para discutir ações de enfrentamento da seca no Estado e construir um poço artesiano para tornar a sede do Legislativo paulista, no Ibirapuera, zona sul da capital, independente da rede de abastecimento da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

O edifício é abastecido pelo Sistema Cantareira, que na quarta-feira, 11, estava com 6,4% da capacidade, incluindo duas cotas do volume morto.

Segundo o presidente da Casa, Chico Sardelli (PV), o poço deve custar cerca de R$ 150 mil e o investimento deve ser recuperado em até quatro meses.

A Assembleia gasta, em média, R$ 100 mil por mês com água. Com o poço, o Legislativo pagará apenas metade da conta, correspondente ao serviço de coleta de esgoto.

A conclusão da obra depende da outorga para captação subterrânea, que deve ser dada pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).

"Esse é o primeiro passo. Vamos deixar de consumir 4,5 mil metros cúbicos (milhões de litros) por mês da rede da Sabesp, o que pode abastecer de 500 a 1 mil residências, e economizar até R$ 600 mil por ano. Também estamos fazendo estudos para fazer o reúso da água da chuva que cai no telhado, por meio de cisternas, e, em um segundo momento, instalar painéis solares para economizar energia", disse Sardelli, que assumiu a presidência da Assembleia no início do mês e fica no cargo até a eleição da Mesa Diretora, em 15 de março.

Gasto

Apesar do agravamento da crise na Grande São Paulo ao longo de 2014, a Assembleia gastou 21% mais água no ano passado do que em 2013.

O consumo médio mensal saltou de 3,7 milhões para 4,5 milhões de litros.

O Legislativo afirma que a alta aconteceu porque a Casa recebeu muitos eventos em 2014, que foi ano eleitoral, e porque 2013 já havia registrado uma grande redução em relação a anos anteriores, quando foram gastos até 4,8 milhões de litros.

Segundo o Departamento de Comunicação da Casa, em 2013 o Legislativo instalou vários equipamentos de economia de água, como torneiras automáticas e vasos sanitários com descarga acoplada, além de reparar vazamentos.

Com 4 mil funcionários, a Assembleia afirma que o consumo de água por pessoa é inferior aos 50 litros diários recomendados para prédios públicos.

"Realmente tivemos um acréscimo em 2014, mas em 2015 a redução será enorme", afirma Sardelli.

Já o comitê hídrico criado pelos deputados será composto por 18 parlamentares de todos os partidos e terá como objetivo acompanhar a crise hídrica no Estado e elaborar e votar propostas de leis que possam ajudar a resolver ou amenizar o impacto da escassez de água.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:ÁguaEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasSabespSaneamentoSecasServiços

Mais de Brasil

Convenção para oficializar chapa Boulos-Marta em SP terá Lula e 7 ministros do governo

Convenção do PRTB e disputas judiciais podem barrar Pablo Marçal na disputa em SP; entenda

TSE divulga perfil do eleitor que vai às urnas em outubro; veja qual é

Brasil terá mais de 155 milhões de eleitores nas eleições municipais de 2024

Mais na Exame