Horas após ser anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin iniciou os primeiros movimentos para garantir que terá seu nome aprovado pelo Senado.

Ainda ontem, conversou com os senadores Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, e Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), colegiado no qual será sabatinado.

O advogado já havia participado de um jantar com Pacheco e Alcolumbre realizado na Residência Oficial do Senado na quarta-feira à noite, dia em que sua indicação foi sacramentada por Lula. Ouviu dos senadores que não deverá enfrentar dificuldades para ter o nome aprovado na sabatina nem no plenário da Casa, onde precisa do voto de no mínimo 41 dos 81 senadores .

Outra movimentação do advogado notada por aliados foi a troca da foto de perfil no WhatsApp. Uma vez publicada sua indicação no "Diário Oficial" com a notificação ao Senado, Zanin retirou a antiga imagem em que aparecia em frente do letreiro de seu escritório de advocacia, deixando seu contato sem foto. Em geral, ministros da Corte adotam fotos discretas ou de paisagens, sem muito foco em suas imagens pessoais.

Iniciada a etapa no Senado, interlocutores que têm bom trânsito entre senadores, inclusive da oposição, defendem uma "sabatina leal" para Zanin, e tentam garantir que ele possa ter alguns votos na oposição, considerado que o tema é visto como uma pauta institucional, e não partidária.

Próximos passos

Nesta sexta-feira, Zanin já seguiu para São Paulo, onde mora com a mulher, a também advogada Valeska Teixeira, e os filhos. Na próxima semana deve voltar para Brasília, segundo "O Globo" apurou. Embora a próxima semana seja mais curta em razão do feriado, o indicado por Lula ao Supremo vai procurar iniciar seus movimentos junto aos senadores desde logo, uma vez que a há a expectativa de que todo o trâmite seja concluído antes do final do primeiro semestre.