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Artistas planejam série de atividades em ocupação da Funarte

O movimento protesta principalmente contra a extinção do Ministério da Cultura (MinC), que foi englobado pelo Ministério da Educação


	Funarte: o movimento protesta principalmente contra a extinção do Ministério da Cultura (MinC), que foi englobado pelo Ministério da Educação
 (Divulgação / Facebook Ocupa Funarte)

Funarte: o movimento protesta principalmente contra a extinção do Ministério da Cultura (MinC), que foi englobado pelo Ministério da Educação (Divulgação / Facebook Ocupa Funarte)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2016 às 11h17.

São Paulo - Os manifestantes que ocuparam a sede da Fundação Nacional de Artes (Funarte) em São Paulo planejam uma série de atividades no local, que fica na Alameda Nothmann, no centro da capital.

“A ideia é abrir o espaço para a comunidade”, disse hoje (18) o ator Alessandro Azevedo, um dos participantes da ocupação.

“O que está acontecendo agora é uma comoção muito grande de todos os coletivos, os grupos da periferia estão chegando junto”, acrescentou.

O movimento protesta principalmente contra a extinção do Ministério da Cultura (MinC), que foi englobado pelo Ministério da Educação.

A expectativa é que o cantor Chico César faça hoje à noite uma apresentação no local. Além disso, o grupo pretende fazer uma programação paralela à Virada Cultural, que ocorre no próximo fim de semana na cidade. Um manifesto com os objetivos e ideias do movimento deve ser publicado ainda hoje nas redes sociais.

O grupo, formado principalmente por artistas, chegou ao galpão da Funarte por volta das 15h de ontem (17). O ato critica o processo de impeachment, que empossou Michel Temer como presidente  interino, após a decisão do Senado de afastar a presidenta Dilma Rousseff.

Nas paredes foram fixadas faixas com mensagens contra Temer: “Cultura fica. Temer sai” e “Eu não reconheço esse golpista como presidente” são algumas das mensagens que podem ser vistas no galpão ocupado. 

Os prédios da Funarte em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro também foram ocupados em protestos semelhantes.

Editais

Desde o ano passado a Funarte vinha enfrentando problemas para honrar os pagamentos aos vencedores de editais de fomento cultural promovidos pelo órgão.

Em nota divulgada na última quinta-feira (12), o ex-presidente da fundação Francisco Bosco lamentou não ter podido liquidar as pendências. 

“Em virtude da situação política e econômica anormal por que passa o país, os repasses financeiros do governo federal ao MinC – e desse à Funarte – se concretizaram até o momento em valores drasticamente mais baixos do que os repasses feitos no ano anterior, no mesmo período.

Com isso, o MinC e a Funarte têm operado este ano quase que apenas em nível do custeio, sem poder liquidar suas ações finalísticas de 2015, conforme esperado”, diz o comunicado da semana passada.

A nota acrescenta que os editais promovidos durante 2015 constam na rubrica “restos a pagar”, o que, de acordo com a nota, obriga a próxima gestão a liquidar os pagamentos “ à medida que for recebendo os recursos para tanto”.

A exoneração de Bosco foi publicada no Diário Oficial da União de ontem (17), juntamente com responsáveis por outros órgãos governamentais, entre eles o diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ricardo Melo.

No entanto, como a lei de criação da EBC prevê mandato de quatro anos para o cargo, Melo anunciou que vai recorrer da decisão.

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