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Argentina discute limitar importação de porcos do Brasil

Importação aumentou 80% no início de 2011 e produtores ameaçam bloquear a entrada dos animais brasileiros no país

Criação de porcos: animal importado do Brasil é mais barato do que o argentino (Fernando Moraes/VEJA SP)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2011 às 15h00.

Buenos Aires - A Federação Agrária Argentina (FAA) ameaçou nesta segunda-feira bloquear a entrada de caminhões com porcos procedentes do Brasil se o Governo não limitar a importação desses animais.

"Nos últimos três meses subiu em 80% a importação de porcos provenientes do Brasil em comparação ao mesmo período de 2010. Isso faz com que nossos preços caiam e os frigoríficos não recebam nossa produção", assegurou à Agência Efe o vice-presidente da FAA, Omar Barchetta.

O dirigente da federação, que reúne cerca de 100 mil pequenos e médios produtores, advertiu, além disso, que as fábricas do setor "pagam pela carne de porco do Brasil cerca de 10 ou 12 pesos (US$ 3) a menos" que o preço do mercado local.

Representantes desta associação de produtores agropecuários colocaram dias atrás o assunto em reunião com o ministro de Agricultura argentino, Julián Domínguez, que "se comprometeu a estudar uma possibilidade de diminuir as importações, mas ainda não deu uma resposta", sustentou Barchetta.

O Governo de Cristina Kirchner "precisa regular a entrada de porcos porque eles invadem o mercado e são um problema para o produtor argentino, que não pode esperar seu animal ficar pronto para vender", ressaltou.

Dirigentes da organização preveem se reunir nesta segunda-feira em Buenos Aires para avaliar a possibilidade de realizar um protesto contra a entrada de porcos na fronteira entre Argentina e Brasil, as duas maiores economias do Mercosul, também integrado por Uruguai e Paraguai.

"Se o problema não for resolvido, estamos pensando em ir para a fronteira por onde passam os caminhões do Brasil para não deixar que os porcos entrem e afetem os produtores nacionais. Estamos dispostos a parar os caminhões", indicou em declarações o titular da FAA, Eduardo Buzzi, que também pediu a imposição de quotas à importação.

Segundo o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), a Argentina importou 9.585 toneladas de carne de porco em janeiro e fevereiro, frente às 5.209 toneladas do mesmo período de 2010, o que representa um crescimento de 84%.

"O próprio Governo incentivou a criação de porcos e há muita gente entusiasmada em diversificar o negócio" da carne na Argentina, um tradicional produtor e exportador mundial de carnes bovinas, ressaltou Barchetta.

Cristina Kirchner anunciou no ano passado o início de um convênio de compensações para impulsionar a produção suína no país, durante um ato no qual destacou os efeitos positivos da carne de porco inclusive "na atividade sexual".

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Buenos Aires - A Federação Agrária Argentina (FAA) ameaçou nesta segunda-feira bloquear a entrada de caminhões com porcos procedentes do Brasil se o Governo não limitar a importação desses animais.

"Nos últimos três meses subiu em 80% a importação de porcos provenientes do Brasil em comparação ao mesmo período de 2010. Isso faz com que nossos preços caiam e os frigoríficos não recebam nossa produção", assegurou à Agência Efe o vice-presidente da FAA, Omar Barchetta.

O dirigente da federação, que reúne cerca de 100 mil pequenos e médios produtores, advertiu, além disso, que as fábricas do setor "pagam pela carne de porco do Brasil cerca de 10 ou 12 pesos (US$ 3) a menos" que o preço do mercado local.

Representantes desta associação de produtores agropecuários colocaram dias atrás o assunto em reunião com o ministro de Agricultura argentino, Julián Domínguez, que "se comprometeu a estudar uma possibilidade de diminuir as importações, mas ainda não deu uma resposta", sustentou Barchetta.

O Governo de Cristina Kirchner "precisa regular a entrada de porcos porque eles invadem o mercado e são um problema para o produtor argentino, que não pode esperar seu animal ficar pronto para vender", ressaltou.

Dirigentes da organização preveem se reunir nesta segunda-feira em Buenos Aires para avaliar a possibilidade de realizar um protesto contra a entrada de porcos na fronteira entre Argentina e Brasil, as duas maiores economias do Mercosul, também integrado por Uruguai e Paraguai.

"Se o problema não for resolvido, estamos pensando em ir para a fronteira por onde passam os caminhões do Brasil para não deixar que os porcos entrem e afetem os produtores nacionais. Estamos dispostos a parar os caminhões", indicou em declarações o titular da FAA, Eduardo Buzzi, que também pediu a imposição de quotas à importação.

Segundo o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), a Argentina importou 9.585 toneladas de carne de porco em janeiro e fevereiro, frente às 5.209 toneladas do mesmo período de 2010, o que representa um crescimento de 84%.

"O próprio Governo incentivou a criação de porcos e há muita gente entusiasmada em diversificar o negócio" da carne na Argentina, um tradicional produtor e exportador mundial de carnes bovinas, ressaltou Barchetta.

Cristina Kirchner anunciou no ano passado o início de um convênio de compensações para impulsionar a produção suína no país, durante um ato no qual destacou os efeitos positivos da carne de porco inclusive "na atividade sexual".

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