Brasil

Como foi o EXAME Fórum 2015

O vice-presidente Michel Temer, o juiz Sergio Moro e o empresário Abilio Diniz discutem caminhos para superar a crise

DR

Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2015 às 10h01.

Última atualização em 20 de outubro de 2016 às 10h45.

31/08/2015 - 18:14

Como foi o EXAME Fórum 2015

31/08/2015 - 18:01

Levy sinaliza aumento de impostos

"Temos que aumentar a eficiência do Brasil, a produtividade de modo geral - através de investimentos em infraestrutura, impostos mais simples e uma reforma na Previdência que reflita a própria demografia", afirmou.

O ministro disse que é necessária uma "ponte" entre os ajustes de curto prazo e reformas estruturais para garantir a solvência e ao mesmo tempo aumentar a capacidade produtiva da economia.

Levy diz que isso passa por "mecanismos de aumento de receita" - a grosso modo, criação ou aumento de impostos - junto com outras medidas de eficiência. 

"Sabemos o que precisa ser feito para chegar até lá [voltar a crescer]. Isso demanda um esforço de todo mundo", disse. 

31/08/2015 - 17:51

A economia está se reequilibrando, diz Levy

Em vídeo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirma que o governo está tomando decisões importantes sobre o gasto público - para entregar mais, gastando menos.

"O reequilíbrio da economia já tem rendido frutos. A gente vê que a balança comercial volta a se reequilibrar. Temos muitos casos de empresas que hoje aqui no Brasil são mais competitivas do que na China", afirmou. 

"Nas medidas estruturais e legislativas, a gente começou a fazer muita coisa. Na questão do seguro desemprego, das pensões, houve progressos", disse. 

Levy, que iria fazer uma palestra no meio da tarde, cancelou sua vinda ao evento por questões de agenda de última hora. 

31/08/2015 - 17:24

Precisamos retomar o projeto de modernização da economia

Para Persio Arida, do BTG Pactual,  é preciso retomar o projeto de modernização da economia. "Enfrentar a questão de gastos e uma reforma eficiente no setor público é fundamental já que a ineficiência salta aos olhos", afirma. 

 Para ele, o subsídio de crédito é mortal para o crescimento. "Se boa parte do  crédito é aliado à taxas subsidiadas, o Banco Central tem que aumentar a Selic. Tornar o custo de capital mais barato começa e termina com subsídios."

"A intervenção estatal com um objetivo ingênuo fez com que todos pagassem mais juros", afirma.  

31/08/2015 - 17:11

Para Mendonça de Barros, crise pode trazer avanços

Para o economista, apesar da crise ser profunda, a tendência é que o Brasil saia dela melhor.

"Todas as experiências de avanço econômico no Brasil aconteceram quando a [situação] ficou tão ruim que empurrou a solução", afirma. O caso do Plano Real é o exemplo mais clássico. Mas ainda não dá para saber quando isso vai acontecer. 

Enquanto esse momento não chega, as empresas deveriam apostar em medidas para ficar mais eficientes, segundo o economista. "Não vamos sair desse buraco se não avançarmos em produtividade", diz. 

31/08/2015 - 17:03

Recessão vai derrubar inflação, diz Mendonça de Barros

"Estamos vivendo uma dupla transição. O grupo que subiu ao poder deve ser outro até 2018. Junto com esse grupo uma particular visão de mundo naufragou", afirma José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados. "Um governo de uma fragilidade enorme. Está difícil aprovar ´parabéns a você´ no Congresso"

"Este ano e ano que vem não tem jeito: é PIB negativo", afirma. Hoje, "além de um governo fraco, vivemos uma situação econômica pior do que todos previam" e com crise inédita em 6 setores-chave: petróleo, energia elétrica, automotivo, bens de capital, açúcar e álcool.

"A inflação vai cair por causa da brutalidade da recessão. Isso abre uma oportunidade para o nosso Banco Central baixar os juros".

"Hoje, está muito fácil o câmbio subir e difícil de descer. Mas em algum momento de 2016 o câmbio vai estabilizar", afirma. 

31/08/2015 - 16:57

Para Cardozo, conversa entre Dilma e Cunha é "natural"

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse, em entrevista coletiva a jornalistas, que os próximos passos do governo devem ser voltados ao diálogo.

Para Cardozo, a atitude não é o "reconhecimento de culpa", mas uma forma de chamar atores políticos para dentro do governo.

Nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff chamou o presidente da Câmara Eduardo Cunha para uma conversa, segundo informações do jornal O Globo. Cunha rompeu as relações com Dilma depois que foi citado na operação Lava Jato como um dos parlamentares que receberam propina no esquema de corrupção da Petrobras e, desde então, tem agido como opositor ao governo.

"A conversa entre presidentes das Casas é totalmente natural", disse Cardoso sobre o convite.

31/08/2015 - 16:42

Carga tributária ainda vai aumentar, diz Mansueto

O Brasil tem renda média e carga tributária de país desenvolvido, afirma Masueto Júnior, pesquisador do IPEA. E isso não deve mudar nos próximos anos. "A tendência é a carga tributária aumentar nos próximos anos", afirma o especialista.

De acordo com ele,  se a economia brasileira passar a crescer mais rápido, o gasto também vai aumentar em ritmo semelhante graças aos compromissos sociais do governo. Ele calcula que, entre 1991 a 2014, 68% do crescimento da despesa primária do governo decorreu de programas de transferência de renda mais INSS.

"Para controlar gasto público, vai precisar cortar em áreas sociais",  afirma o especialista.

"Ajuste fiscal em 2016 será mais difícil", diz Mansueto

31/08/2015 - 16:30

Contenção do ajuste fiscal é algo sem precedentes no Brasil

Para o pesquisador do Ipea, Mansueto de Almeida Júnior, o ajuste fiscal inevitavelmente passará por alguma reforma para aumento de tributos ainda no mandato de Dilma Rousseff.

yt thumbnail

31/08/2015 - 16:26

Críticas a Dilma soam como machismo, diz Cardozo

Algumas críticas à presidente têm uma relação com machismo, diz ministro. "As mulheres quando agem com energia são mal vistas porque se espera que elas ajam de uma maneira mais frágil e mais doce", afirma.

"A presidente tem sim uma personalidade forte e ela comanda. Eu nao vejo nisso gestos desagregadores", afirma. Para ele, Dilma Rousseff tem condições, sim, de aglutinar o Brasil - mas que não dá para esperar dela uma postura doce. 

31/08/2015 - 16:21

Pouco me importa se me cercam em um protesto, diz Cardozo

Ministro da Justiça admite que a Operação Lava Jato trouxe ganhos para o país. No entanto, vazamentos de informações e grampos em celas não podem ser admitidos. "A Lava Jato trouxe ganhos para o país, mas isso não quer dizer que em certos casos não possam ter arbítrios e vazamentos ilegais", diz. 

"Pouco me importa se me cercam em uma manifestação e dizem que não pode existir um ministro da Justiça que é do PT", afirmou. "O que me importa é que a investigação tem que seguir como isonomia". 

Ontem, Cardozo foi vaiado por manifestantes na Avenida Paulista, em São Paulo. "Vivemos momentos de intolerância à esquerda e à direita que são inaceitáveis. As pessoas devem duelar, mas se respeitando". 

31/08/2015 - 16:16

O impeachment não tem cabimento jurídico, diz Cardozo

O ministro afirma que o tese de impeachment não tem respaldo jurídico. Segundo ele, no parlamentarismo, até há condições para adequar as lideranças às exigências do momento. No presidencialismo, não. 

"Existe algum fato que justificasse o impeachment da presidente da República hoje? Não existe. Diante desse quadro, falar de impeachment é péssimo", afirma. 

Tirar Dilma do poder, para ele, apenas aprofundaria a crise. "O Brasil é uma democracia e é assim que nos fazemos respeitados pelo mundo". 

31/08/2015 - 16:10

Não há monólogo na democracia, diz Cardozo

Cardozo afirma que não dá para esperar por salvadores da pátria. A democracia, segundo ele, exige atores conscientes, não super homens. 

Nesse sentido, o ministro repete o argumento de Abilio Diniz e afirma que todos devem se unir para buscar soluções.

Mais cedo, o empresário afirmou que as principais lideranças políticas deveriam ficar fechadas em uma sala até que conseguissem uma resposta para a crise. Veja:

É preciso fechar Lula, Temer e FHC numa sala, diz Abilio

31/08/2015 - 16:08

Temos poucos estadistas no Brasil, diz Cardozo

"Temos bons políticos e poucos estadistas no Brasil", afirma o ministro da Justiça. "Às vezes, o Estado tem que prevalecer. As pessoas têm que ter a grandiosidade de sentar e conversar", diz.

Para ele, a classe política brasileira ainda tem um comportamento pueril e se esquece de que "há hora para tudo". Em alguns momentos, é preciso subir no palanque, afirma. Em outros, sentar e buscar soluções. 

31/08/2015 - 16:03

A reforma política só sairá se sociedade desvelar as mazelas

Segundo Cardozo, Constituição de 1988 reproduziu a lógica política da ditadura - uma vez que foi desenhada por um Congresso eleito durante o regime militar. "A reforma política só sairá se sociedade desvelar as mazelas de nosso sistema", diz. 

Para o ministro, sistema atual "alimenta espíritos corporativos" e, assim, impede pactuações uma vez que explora mais a divergência. 

31/08/2015 - 15:55

Temos que buscar convergências, diz Cardozo

"Um projeto político que até busca abalar as relações existentes para conseguir vitória é um equívoco perverso que uma sociedade moderna não tolera", afirma o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Segundo ele, este é o momento para buscar convergências e não "maximizar divergências". 

31/08/2015 - 15:52

O que fazer com um orçamento com déficit?

Um dos participantes do EXAME Fórum perguntou a Abílio Diniz o que ele faria caso um líder chegasse com um déficit em uma de suas empresas - uma comparação ao Orçamento da União para o próximo ano.

A resposta do empresário foi direta."Minha vontade seria mandá-lo embora. Mas, como presidente do consellho, também é minha obrigação questioná-lo e corrigí-lo". 

31/08/2015 - 15:51

Sistema político é anacrônico, diz ministro da Justiça

Questionado sobre o momento político atual, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que o Brasil tem instituições fortes, mas que alguns problemas do sistema político atrapalham.

“Nós ainda temos problemas no nosso sistema político. Em geral, temos um hábito de sermos muito imediatistas”, afirmou.

Para ele, “nosso sistema político é anacrônico”. Segundo ele, o sistema é marcado pelo individualismo, por formas de financiamento que geram a corrupção.

31/08/2015 - 15:39

País continua sendo atraente para estrangeiros, diz Diniz

Com uma visão otimista sobre o cenário atual, Abilio Diniz diz que o país é "extremamente atraente" para os investidores estrangeiros. "O que preocupa eles, de verdade, é a taxa de câmbio".

Sobre a resolução da crise política, Diniz pediu a "união nacional". "É muito fácil atacar o governo, mas está todo mundo debaixo de pressão. Sempre pedi à Dilma que abrisse mais, que chamasse a turma, que conversasse com empresários". 

31/08/2015 - 15:18

Brasil carece de articuladores políticos, diz Sennes

Para Ricardo Sennes, da consultoria Prospectiva, o grande desafio é projetar novas lideranças que consigam articular a política sem grandes desvios de ação no governo. Assista. 

https://youtube.com/watch?v=mkoWFU3WUNg%3Fshowinfo%3D0

31/08/2015 - 15:11

Na crise há os que choram e os que vendem lenço, diz Abilio

Abilio Diniz, sócio da BRF  e do Carrefour, diz que momento atual deve deixar lições e ser aproveitado por empresários.

"Eu não ignoro o que está acontecendo no Brasil, mas acho que temos que fazer a nossa parte", diz. "Na crise há os que sentam e choram, mas há também os que vendem lenço".

31/08/2015 - 15:02

"Crise atual é política, não é econômica", diz Abílio Diniz

Para Abilio Diniz, sócio da BRF e do Carrefour, a crise que o país atravessa hoje é política. "Não considero a crise econômica como algo grave', diz. "A empresa brasil é totalmente viável. Nós temos todas as condições de um país que pode crescer".

"Está na hora dos políticos se entenderem. Tem que jogar todos os maiores políticos desse país, trancar uma sala e não deixá-los sair de lá sem um acordo". 

31/08/2015 - 14:50

Abilio Diniz: crise significa perigo e oportunidade

Abilio Diniz, sócio da BRF e do Carrefour, começa sua apresentação falando sobre a forma como enxerga a crise. "Para os chineses crise significa perigo e oportunidade. E é assim que eu gosto de vê-la".

31/08/2015 - 14:43

Investidor não vê "porta de saída" para a crise

"O último trimestre será muito doloroso para a economia", disse Patrice Etlin, sócio do fundo Advent. "A gente nem começou a ficar ruim. Vai ficar bem pior. Para onde vai, hoje não enxergo. Não consigo enxergar a porta de saída".

31/08/2015 - 14:34

"Fatos são mais importantes que uma apresentação bonita"

Como o Brasil tem sido visto lá fora? Patrice Etlin, sócio do Advent, fala sobre a recente visita de Dilma aos EUA e a busca de investidores no exterior. 

"Não é uma questão do Power Point ou de apresentação. Os fatos são mais importantes do que uma apresentação bonita", disse. 

"É [preciso] ter um comportamento que possa dar credibilidade. Ter uma nomeação política numa agência regulatória que vai estar lidando com o meu contrato lá na frente é um no-go em qualquer comitê de investimentos". 

31/08/2015 - 14:21

O modelo de receitas do país faliu, diz sócio do Advent

Patrice Etlin, sócio do fundo private equity Advent, e Hélio Magalhães, presidente do Citi Brasil, falam sobre a situação econômica do país com André Lahóz, diretor de redação de EXAME. 

"Nosso modelo de receitas faliu e não vejo outra forma rápida de resolver isso que não seja com o aumento de impostos", disse Etlin. "Alguém precisa avisar isso claramente para a presidente". 

31/08/2015 - 14:05

Poderíamos ter evitado a Lava Jato, diz Nardes, do TCU

Em entrevista durante EXAME Fórum, o ministro do TCU, Augusto Nardes, afirmou que se governo tivesse agido antes, corrupção desvendada pela Lava Jato teria sido evitada. Assista: 

https://youtube.com/watch?v=AEf3Hw01hGc%3Fshowinfo%3D0

31/08/2015 - 13:56

Temer diz que não há crise institucional

O vice-presidente da República, Michel Temer, disse que as instituições estão funcionando e que a sociedade não tolera mais aumento de impostos:

"Não estamos numa crise institucional", diz Temer

31/08/2015 - 13:54

Ministro do TCU acha positiva decisão de admitir déficit

Alberto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), falou sobre o processo que corre no tribunal com questionamento das contas públicas do ano passado. Ele considerou positiva a decisão do governo de admitir a realidade de um déficit primário no ano que vem:

Bicicleta do Brasil pode quebrar, diz ministro do TCU

31/08/2015 - 13:44

Agenda de palestras recomeça daqui a pouco

A agenda de palestras recomeça daqui a pouco. Patrice Etlin, sócio do fundo de private equity Advent, e Hélio Magalhães, presidente do Citi Brasil, vão estar no debate "Como sair da crise - A Visão do Mercado Financeiro".

Na parte da manhã, o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, disse que é a corrupção (e não seu combate) que prejudica a a economia: "O policial que descobre o cadáver não é culpado do homicídio"

31/08/2015 - 12:25

O primeiro bloco das palestras do EXAME Fórum 2015 terminou agora.

A próxima palestra começa 14h com o tema "Como sair da crise - a visão do mercado financeiro", com Patrice Etlin, sócio do fundo de private equity Advent, e Hélio Magalhães, presidente do Citi Brasil.

Continue com a gente.   

31/08/2015 - 12:20

Na imagem,  um dos slides apresentados por Ricardo Sennes, da consultoria Prospectiva, que mostra a fragmentação dos partidos políticos no Congresso atualmente. 

31/08/2015 - 12:11

Acredito que um impeachment seja pouco provável, diz Sennes

Sennes diz que em meados de março do ano que vem uma mudança na divisão de poderes pode acontecer:

"O custo para o PMDB desembarcar do governo é muito grande. Se isso não acontecer, pode haver uma percepção de perda mais gradual de poder do governo. Se desembarcar, a presidenta e governo ficarão muito isolados."

Com isso, a maior preocupação é que possíveis candidatos aventureiros possam surgir: 

"Se realmente o PSDB tiver um projeto de poder nacional, coisa que não tem ainda, talvez ele possa ter exercer o poder partidário que talvez tenha, ainda mas forte neste cenário."  

Sobre um possível impeachment, ele acredita que é pouco provável:

"Talvez nesse possível cenário de isolamento político, mas não acreditamos que isso deve acontecer", afirmou Sennes. 

31/08/2015 - 11:56

Ricardo Sennes, da Prospectiva: há uma fragmentação política

Ricardo Sennes, da consultoria Prospectiva, sobe ao palco para fazer uma análise das palestras da manhã, cujo a base da discussão era mais política que econômica. 

"Concordo com o vice-presidente quando ele diz que não temos nenhuma crise institucional", afirmou ele.

De acordo com Sennes, a pergunta chave que precisamos fazer é a de como o PT, com apenas 12% do Congresso, conseguiu liderar uma coalizão durante doze anos mais ou menos estável.

"Isso é importante para entender o que aconteceu nesse ciclo e pensar no que pode nascer depois", afirmou Sennes. "Penso que acontece hoje mais uma implosão do sistema que funciona, do que o surgimento de um novo ciclo."

De acordo com Sennes, há mais uma fragmentação política que uma polarização dos partidos. 

31/08/2015 - 11:47

Temer deve seguir como negociador do governo, diz ele

"Dialoguei muito, a pedido do governo, na hora da aprovação do ajuste fiscal", afirmou Temer. 

Segundo ele, depois disso, a presidente pediu para que ele continuasse negociando alguns pontos considerados estratégicos.

"Vou continuar fazendo o necessário para o país", afirmou o vice-presidente.  

31/08/2015 - 11:44

Temer: hoje temos uma base política muito instável

André Lahoz, diretor de Redação de EXAME, questiona Temer sobre a necessidade de uma união nacional, apesar da percepção de fragilidade e de um quadro político polarizado. "Como materializar essa evolução necessária na prática?"

"Devo dizer que o governo vem fazendo o possível. Não que não erre. Mas é preciso admitir esses erros, quando houverem, e acredito que o governo tem feito isso, sem esconder as dificuldades", afirmou o vice-presidente. 

Temos uma base política hoje muito instável no país, afirmou Temer.

"Se não fosse isso, não estaríamos nessa instabilidade", finalizou ele. 

31/08/2015 - 11:36

Partidos políticos são apenas siglas partidárias, diz Temer

"Os partidos não são mais que siglas partidárias. Não estou elogiando a ditadura, mas falo daquela época em que nós tínhamos verdadeiros partidos políticos. Hoje temos siglas partidárias", disse Michel Temer em meio a aplausos. 

Segundo ele, temos de fazer do limão, uma limonada.

"Porque o país está acima de qualquer coisa para todos nós", afirmou ele.

31/08/2015 - 11:30

Temer: a sociedade não tolera mais aumento de tributos

"Precisamos recuperar a ideia de harmonia no país, que permeia as várias classes sociais e poderes", completou Temer.  

Depois de falar da evolução das maneiras de governo na história do Brasil, Temer afirmou que "verificou-se que a atividade gerencial, típica da iniciativa privada, é mais eficiente que a de administração central, usada antes pelos governos, porque agiliza as prestações dos serviços públicos". 

"Hoje, quando fazemos as concessões, estamos a realizar (sic) uma tranferência da atividade centralizada, para uma atividade privada. Trata-se de uma evolução do setor administrativo do nosso país, com melhores resultados operacionais, com decorrente aumento de investimentos e empregos", afirmou ele . 

"Caminhamos para um Estado moderno, em que se transfere para a iniciativa privada alguns serviços, cabendo ao governo a função de regulador, fiscalizador desses serviços", disse.

De acordo com o vice-presidente, o aumento da classe média trouxe uma consequente exigência de aumento de eficiência do governo por parte da sociedade como um todo.

Para ter uma sociedade em harmonia, é preciso ter um entendimento do que a sociedade quer e precisa. 

"Não se suporta mais um possível aumento de carga tributária", disse Temer. "Isso a sociedade não aplaude", concluiu em meio a aplausos. 

31/08/2015 - 11:12

Muitas vezes, a crise econômica decorre de um desajustamento da política, segundo Temer. Na política, como na economia, você tem valores. Valor de partido, valor de governo e valor de país.... há momentos em que o maior valor pode ser o partido; em outros, o governo.

"Hoje o valor maior é do país", afirmou ele.  

É preciso uma aliança nacional, já que não temos hoje uma crise institucional. Todas elas estão funcionando larga e abertamente, com extrema liberdade, apontou o vice-presidente. 

31/08/2015 - 11:03

Temer: sem apoio político não é possível governar o país

Michel Temer, vice-presidente da República, sobe ao palco para a palestra sobre o equilíbrio político necessário para a recuperação do país. 

"É preciso que ambos os poderes reúnam seus esforços", disse Temer. "Quando se fala em governo, fala-se nas instituições colocadas na constituição, que irão governar o país, no legislativo, executivo e judiciário para execer as vontades do povo."

"É preciso saber a diferença de governança e governabilidade para entender que, sem apoio político, o governo não consegue governar ", diz o vice-presidente.  

"Não vamos ignorar que temos uma crise econômica e uma crise política, que fragiliza a governabilidade e não as podemos ignorar", afirmou.

31/08/2015 - 10:53

Não podemos continuar pedalando, diz Nardes

Nardes comentou sobre a decisão do governo de explicitar o déficit no Orçamento do ano que vem:

"É positivo que se mostre a realidade. Nós não podemos continuar pedalando. A Grécia teve a Europa para se salvar. O Brasil tem condições de sair da crise. Cada instituição tem uma parte nisso. A minha é mostrar a realidade das contas". 

31/08/2015 - 10:49

Nardes fala sobre aprovação de contas do governo

Nardes fala agora da aprovação das contas do governo, que serão avaliadas para as próximas semanas. Para ele, o governo deve explicações sobre as irregularidades encontradas pelo TCU. "Afinal, somos nós que pagamos os impostos".

 

31/08/2015 - 10:35

Para Nardes, país precisa de um projeto de nação

Augusto Nardes explicou a atuação do Tribunal de Contas da União. "Além de ver as pedaladas procurei mostrar [ao governo] que nossa competitividade está baixa", diz Nardes. "O que precisamos é de um projeto de nação. Para isso, precisamos incorporar as instituições de forma permanente".

31/08/2015 - 10:23

Governo entrega pouco para a sociedade, diz Nardes

Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União, fala agora sobre governança pública. "Partidos tomam conta dos ministérios e a sociedade muitas vezes não é priorizada. A entrega de produtos para a sociedade é muito baixa". 

31/08/2015 - 10:10

Corrupção envolve quem paga e quem recebe, diz Moro

Para Moro, empresários devem condenar o pagamento de propina dentro de suas empresas e entre seus pares. "Corrupção envolve quem paga e quem recebe"

"O custo da corrupção sempre acaba impactando a economia", diz.

31/08/2015 - 09:58

Moro termina apresentação com frase de Batman

Para Sérgio Moro, momento de crise deve ser passageiro. "A noite é sempre mais escura antes do amanhecer", disse citando uma frase do filme Batman - O Cavaleiro das Trevas.

31/08/2015 - 09:52

Para Moro, cenário atual deve ser aproveitado por empresas

"O momento atual pode ser uma janela para a iniciativa privada. Somos dependentes do poder público, que se move de maneira lenta. A iniciativa privada tem melhores condições de agir rapidamente", diz Moro. "Ela também tem o poder de cobrar do poder público uma mudança efetiva".

31/08/2015 - 09:48

Todos precisam dizer não ao pagamento de propina, diz Moro

"É preciso que todos digam não ao pagamento de propina", diz Sérgio Moro. "Esse caso [a Operação Lava Jato] não será o suficiente para mudar de maneira profunda essa prática"

"Sempre recebo tapinhas nas costas de quem diz que esse caso irá mudar o país. Não acreditem nisso. Esse tipo de caso, ao revelar o tamanho do problema, nos fornece a oportunidade de mudança" 

31/08/2015 - 09:37

O policial que descobre o cadáver não é o culpado, diz Moro

Para Sérgio Moro, é errado dizer que a Operação Lava Jato é uma das causas da crise econômica. "Vejo com pesar a recessão. Eventualmente, alguns dizem que a operação tem uma parcela de culpa nisso. Dou o exemplo da Refinaria Abreu e Lima. Não foi a Operação que fez com que os custos da sua construção passassem de 2 bilhões para 18 bilhões de dólares", diz Moro. "O policial que descobre o cadáver não é culpado pelo homicídio".

31/08/2015 - 09:23

A corrupção é um crime que sempre irá acontecer, diz Moro

O juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, é o primeiro palestrante do dia. "A corrupção como crime, como um ato de desvio do ser humano, é algo que sempre irá acontecer, não importa o que façamos", disse. 

31/08/2015 - 09:15

Desperdiçamos oportunidades de ouro como nação, diz Civita

O presidente da Abril Mídia, Giancarlo Civita, abriu o EXAME Fórum afirmando que, como nação, "estamos anestesiados e presos às armadilhas do curto prazo".

"Não dá para tocar nossa vida e o país olhando para o curto prazo como se tudo dependesse da alta do dólar", afirmou. "Toda pergunta difícil tem uma resposta rápida e errada". 

De acordo com ele, apenas reformas profundas e corajosas garantirão que o Brasil não seja "apenas o país da moda, mas uma nação realmente competitiva em termos globais", disse. 

De acordo com ele, seria mais inteligente ter um Estado forte, mas mais enxuto e responsável por áreas clássicas, como Educação. 

31/08/2015 - 09:06

Como superar a crise política e econômica

Nesta segunda-feira, políticos, empresários e economistas discutem as saídas para superar a crise e reconstruir as bases do nosso desenvolvimento. 

O vice-presidente da República é um dos palestrantes. Além dele, o juiz responsável pela Operação Lava Jato, Sergio Moro, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o ministro do TCU, Augusto Nardes, irão participar do evento. Acompanhe 

Acompanhe tudo sobre:Blog ao vivoeventos-exameEXAME Fórum

Mais de Brasil

Linha 3-Vermelha do Metrô de SP tem interferência e Estação Palmeiras-Barra Funda fica lotada

Calor predomina no Centro-Sul e chuvas se intensificam no Nordeste; veja a previsão para terça-feira

Governo de SP pede para Gilmar Mendes derrubar liminar que impede escolas cívico-militares no estado