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Após medidas, BC diz que juro ao consumidor pode subir

Juros bancários poderão ser elevados como consequência de uma das medidas anunciadas

Consumidor poderá sentir aumento nos juros bancários, afirmou a equipe do BC (Fernando Cavalcanti/VEJA SP)
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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2010 às 09h54.

Brasília - O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Aldo Mendes, reconheceu hoje que os juros bancários poderão ser elevados como consequência de uma das medidas anunciadas. No pacote anunciado hoje pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, foi incluído o aumento do requerimento de capital para as operações de crédito à pessoa física, com prazo superior a 24 meses.

"A lógica diz que com liquidez menor poderá haver (aumento do juro bancário)", disse Mendes, durante entrevista coletiva. Segundo o chefe do Departamento de Normas do BC, Sérgio Odilon dos Anjos, a mudança na regra de requerimento de capital busca evitar potenciais riscos para as instituições financeiras.

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Compulsório

Mendes disse ainda que a autoridade monetária ainda não realizou estudo dos impactos das medidas de aumento de compulsório anunciadas sobre o crédito. Assim como o presidente do BC, Henrique Meirelles, dissera antes, Aldo salientou que as medidas de hoje são de caráter prudencial - e não necessariamente substitutas perfeitas de instrumentos convencionais de política monetária. "Mas são complementares", afirmou.

O compulsório representa a parcela dos depósitos que os bancos são obrigados a deixar no banco central, o que reduz o dinheiro em circulação na economia. Segundo o diretor, as mudanças nas medidas de compulsório passarão a vigorar no próximo dia 6, segunda-feira. O primeiro recolhimento será realizado no dia 13, pois é preciso observar a movimentação média do período para calcular a tarifa. O recolhimento tanto dos depósitos à vista quanto a prazo será em espécie. Os recursos serão remunerados pela Selic (a taxa básica de juros da economia).

Aldo disse ainda que não se pode afirmar com certeza, por meio dessas ações, que haverá redução do volume de oferta de crédito. "Não há, de nenhuma maneira, impedimento ao crédito", reforçou Odilon dos Anjos.

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