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Após indicação de Velloso, PMDB na Câmara chama Aécio de traidor

Carlos Velloso é um dos principais nomes cotados para assumir o comando do Ministério da Justiça no lugar de Alexandre de Moraes

Aécio: a bancada do PMDB trava uma briga nos bastidores com o PSDB pelo Ministério da Justiça (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Aécio: a bancada do PMDB trava uma briga nos bastidores com o PSDB pelo Ministério da Justiça (Edilson Rodrigues/Agência Senado)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 15h25.

A bancada do PMDB na Câmara dos Deputados reagiu fortemente nesta quarta-feira, 15, ao ver o nome do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso como um dos principais cotados para assumir o comando do Ministério da Justiça no lugar de Alexandre de Moraes.

Nas rodas de conversa no plenário da Casa e nos grupos de WhatsApp da bancada, deputados peemedebistas estão chamando de "traidor" o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), a quem atribuem a indicação do nome de Velloso ao presidente Michel Temer (PMDB).

A bancada do PMDB trava uma briga nos bastidores com o PSDB pelo Ministério da Justiça. A disputa entre os dois partidos se acirrou principalmente após o PSDB ganhar a Secretaria de Governo, para qual Temer indicou o deputado Antonio Imbassahy (BA).

A bancada esperava indicar o próximo ministro da Justiça. O nome preferido dos deputados peemedebistas era o do deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG). Após declarações com críticas ao Ministério Público, o parlamentar mineiro foi descartado pelo Palácio do Planalto.

A avaliação na bancada do PMDB é que o partido, apesar de ter a presidência da República, está sendo tratado como "coadjuvante" pelo Palácio do Planalto. Deputados peemedebistas argumentam que não há como o partido manter "posição de protagonismo" sem estar à frente de espaços importantes.

Para parlamentares do PMDB, os espaços de "força política" são a presidência da Câmara, hoje com o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ); a Secretaria de Governo; a liderança do governo (PSC); ou ministérios "robustos", como Saúde (PP), Educação (DEM) e Cidades (PSDB).

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