Após desistir de aumento, governo corre para reajustar vale-refeição
Projeto de lei que abre caminho para aumentar deverá ser enviada pelo Ministério da Economia em breve
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de junho de 2022 às 09h48.
Após desistir de reajustar o salário dos servidores públicos, o presidente Jair Bolsonaro corre contra o tempo para tentar pelo menos aumentar o vale-refeição do funcionalismo. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, uma minuta de projeto de lei que abre caminho para aumentar o benefício já está pronta e deverá ser enviada pelo Ministério da Economia ao Palácio do Planalto "em breve", de onde deve ser endereçada ao Congresso .
O texto do projeto retira da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) a proibição de aumento de benefícios em 2022. Isso permitirá, em um segundo momento, a edição de um decreto aumentando o valor do vale. "O presidente ainda não desistiu[AUMENTO DO]", disse uma fonte do governo.
A questão, porém, é se haverá tempo para que as mudanças sejam aprovadas pelo Congresso nos prazos determinados pela lei em ano de eleição. O benefício tem de ser sancionado até o fim da semana que vem para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que impede que o governante aumente despesas em prazo inferior a 180 dias do fim do mandato.
A primeira ideia seria dobrar o benefício para os servidores do Executivo, mas o texto ainda não foi fechado e há dúvidas se [AUMENTO DO]o R$ 1,7 bilhão[/AUMENTO DO] reservado no Orçamento para aumento salarial seria suficiente
Esse valor no momento se encontra bloqueado. Ou seja, se for realmente usado para o reajuste do benefício a partir de julho, a área econômica terá de cortar outras despesas para adequar o Orçamento ao teto de gastos, regra que impede que as despesas públicas cresçam acima da inflação.
Na semana passada, em entrevista a um canal no YouTube , Bolsonaro disse que "está praticamente acertado" dobrar o vale-alimentação do funcionalismo, hoje em R$ 458 por mês.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
fonte: Estadão Conteudo
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