Protesto pró-impeachment: atos agora seriam para pressionar parlamentares a votarem a favor do prosseguimento do processo (Oswaldo Corneti/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2015 às 19h52.
São Paulo - Em meio ao clima de comemoração pela decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de acatar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira, 2, coordenadores dos movimentos que organizaram os protestos de rua já falam em novos atos, desta vez para pressionar parlamentares a votarem favoravelmente ao prosseguimento do processo.
Para ser instaurado, são necessários 2/3 dos votos dos membros da Casa.
"O acolhimento do impeachment fortalece a ideia de nova grande manifestação pública, junto com os outros grupos. Ainda não sabemos se faremos em 2015 ou em 2016", disse o empresário Rogério Chequer, porta-voz do Vem Pra Rua.
Logo após a divulgação da notícia do acolhimento do pedido, os grupos anunciaram chamamentos públicos para que seus simpatizantes fossem às ruas em ao menos sete cidades.
O empresário Renan Santos, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre, disse que a ideia agora é pressionar os deputados, tanto no Congresso quanto nas suas respectivas bases.
"Ficamos muito tempo assistindo a esse jogo de empurra entre Cunha e o governo. Agora o jogo será nosso", disse.
A porta-voz da Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, Carla Zambelli, disse que o grupo cogita realizar atos em aeroportos para pressionar os parlamentares. "Agora é batalhar para conseguir os dois terços", disse.