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Após autuação, diretor da USP Leste é afastado

A justificativa para o afastamento é que ele não pode ficar no cargo enquanto se apuram as responsabilidades sobre a situação ambiental do câmpus

USP Leste: a unidade não cumpriu exigências de controle e despoluição do solo (USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2013 às 07h58.

São Paulo - Reunião aberta da Congregação da USP Leste decidiu nesta quarta-feira, 11, pelo afastamento o diretor da unidade, José Jorge Boueri Filho. O argumento é que ele não pode ficar no cargo enquanto se apuram as responsabilidades sobre a situação ambiental do câmpus.

A unidade não cumpriu exigências de controle e despoluição do solo, que tem metano, um gás inflamável, e foi autuada pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).

A infração e a colocação de placas no câmpus - que informavam a interdição de uma área por haver "contaminantes com riscos à saúde" - fizeram com que os professores decretassem greve na terça-feira, 10. Alunos ficaram assustados e fotos das placas correram as redes sociais.

Ficou decidido que uma nova eleição para diretor será realizada em um mês e, por enquanto, o diretor interino é o professor Luiz Silveira Menna Barreto, o mais antigo da unidade. A decisão pelo afastamento, entretanto, precisa ser oficializada em novo encontro da congregação, na semana que vem.

Isso é necessário pelo fato de a reunião ter sido aberta ao público, o que a princípio não é previsto no regulamento. Participaram do encontro cerca de 400 pessoas. Alunos e funcionários aderiram à greve.

O diretor foi cobrado por estudantes porque foi responsável pelo despejo de terra de origem desconhecida no campo central do câmpus, em 2011. Exames técnicos mostraram que a terra era contaminada. A remoção do solo é uma das ações não atendidas pela USP.

Segundo a direção da unidade, as exigências ambientais deveriam ser realizadas pela Superintendência de Espaço Físico (SEF), ligada à reitoria da USP e que instalou as placas

Toda a área ocupada pela unidade, que está na várzea do Rio Tietê, tem solo poluído. Entre as exigências da Cetesb, há a comprovação de instalação de sistema de extração de gases de todos os prédios, avaliações de risco à saúde, além de investigação ambiental detalhada. A Cetesb deu 60 dias para a USP atender à advertência.

Ato

Alunos promoveram uma manifestação no câmpus, utilizando máscaras. A aluna de Ciências da Natureza Lorena Nakashima, de 25 anos, aprovou o afastamento do diretor. "Ele deveria saber da situação do câmpus, isso ocorre há tantos anos", disse.

O diretor foi procurado, mas não atendeu aos pedidos de entrevista. A Cetesb informou que não considera o local sob risco à saúde. Os professores se encontrarão nesta quinta-feira, 12, com integrantes do órgão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Reunião aberta da Congregação da USP Leste decidiu nesta quarta-feira, 11, pelo afastamento o diretor da unidade, José Jorge Boueri Filho. O argumento é que ele não pode ficar no cargo enquanto se apuram as responsabilidades sobre a situação ambiental do câmpus.

A unidade não cumpriu exigências de controle e despoluição do solo, que tem metano, um gás inflamável, e foi autuada pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).

A infração e a colocação de placas no câmpus - que informavam a interdição de uma área por haver "contaminantes com riscos à saúde" - fizeram com que os professores decretassem greve na terça-feira, 10. Alunos ficaram assustados e fotos das placas correram as redes sociais.

Ficou decidido que uma nova eleição para diretor será realizada em um mês e, por enquanto, o diretor interino é o professor Luiz Silveira Menna Barreto, o mais antigo da unidade. A decisão pelo afastamento, entretanto, precisa ser oficializada em novo encontro da congregação, na semana que vem.

Isso é necessário pelo fato de a reunião ter sido aberta ao público, o que a princípio não é previsto no regulamento. Participaram do encontro cerca de 400 pessoas. Alunos e funcionários aderiram à greve.

O diretor foi cobrado por estudantes porque foi responsável pelo despejo de terra de origem desconhecida no campo central do câmpus, em 2011. Exames técnicos mostraram que a terra era contaminada. A remoção do solo é uma das ações não atendidas pela USP.

Segundo a direção da unidade, as exigências ambientais deveriam ser realizadas pela Superintendência de Espaço Físico (SEF), ligada à reitoria da USP e que instalou as placas

Toda a área ocupada pela unidade, que está na várzea do Rio Tietê, tem solo poluído. Entre as exigências da Cetesb, há a comprovação de instalação de sistema de extração de gases de todos os prédios, avaliações de risco à saúde, além de investigação ambiental detalhada. A Cetesb deu 60 dias para a USP atender à advertência.

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Alunos promoveram uma manifestação no câmpus, utilizando máscaras. A aluna de Ciências da Natureza Lorena Nakashima, de 25 anos, aprovou o afastamento do diretor. "Ele deveria saber da situação do câmpus, isso ocorre há tantos anos", disse.

O diretor foi procurado, mas não atendeu aos pedidos de entrevista. A Cetesb informou que não considera o local sob risco à saúde. Os professores se encontrarão nesta quinta-feira, 12, com integrantes do órgão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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