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Após ataques em favelas, RJ redobra presença policial

O governo anunciou que duplicará a presença de policiais nas ruas e realizará megaoperação para acabar com a onda de ataques em favelas pacificadas


	Policiais no Rio de Janeiro: operação antecipa plano de segurança das eleições
 (Agência Brasil)

Policiais no Rio de Janeiro: operação antecipa plano de segurança das eleições (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2014 às 14h20.

Rio de Janeiro - O governo do estado do Rio de Janeiro anunciou nesta sexta-feira que duplicará a presença de policiais nas ruas e realizará uma megaoperação para acabar com a onda de ataques em favelas pacificadas que causou pelo menos cinco mortos desde a terça-feira passada.

A operação representa antecipar o plano de segurança que estava previsto para as eleições de domingo, conforme explicou em entrevista coletiva o secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame.

Segundo ele, a presença de homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) será duplicada.

A Polícia Civil e os serviços de inteligência farão uma megaoperação em vários pontos do Rio para tentar identificar e capturar os responsáveis pelos ataques a ônibus que nos últimos dias se estenderam por várias favelas do Rio. As medidas foram anunciadas após uma reunião da cúpula de segurança de Rio, convocada hoje com urgência pelo governador Luiz Fernando Pezão.

Na última quarta-feira, um tiroteio entre grupos rivais obrigou o fechamento do trânsito durante cerca de 40 minutos na Avenida Brasil. Em Niterói, um ônibus foi incendiado, por ordem de um traficante que está em Bangu 3, conhecido como "Cadar", segundo Beltrame.

De acordo o secretário, nos últimos dias a polícia evitou alguns ataques planejados e uma tentativa de traficantes invadirem as favelas do Complexo da Maré que tinham como objetivo "desmoralizar" a política de pacificação.

"O Rio de Janeiro viveu situações muito piores do que ontem. Se a cidade pede paz, ela tem razão em pedir paz, mas a situação hoje é muito melhor do que era. O que aconteceu ontem existe há 20 anos e nada foi feito", disse.

Segundo Beltrame, na véspera das eleições "há uma predisposição" para que aumentem este tipo de ataques, embora não tenha apontado um responsável.

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