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Apoio de Obama à Índia não prejudica Brasil na ONU, diz Lula

Lula espera que Obama ajude a promover a abertura do Conselho de Segurança da ONU

O presidente Lula está em Maputo, capital de Moçambique (Ricardo Stuckert/Presidência da República)

O presidente Lula está em Maputo, capital de Moçambique (Ricardo Stuckert/Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2010 às 10h31.

São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na noite de segunda-feira esperar que seu colega norte-americano Barack Obama faça do apoio declarado à Índia a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU uma "profissão de fé" para ajudar a promover a abertura do órgão.

Ao chegar em Maputo, capital de Moçambique, o presidente avaliou que a declaração de apoio de Obama às pretensões indianas de ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança não atrapalha a ambição do Brasil de também ocupar uma vaga no órgão.

"Não, não, pelo contrário", disse. "O Brasil defende a participação da Índia, a Índia faz parte do G-4, o Brasil, Índia, Alemanha e o Japão", disse o presidente, numa referência ao grupo de países que se uniu para reivindicar uma reforma da instituição que inclua sua entrada no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Eu só espero que o presidente Obama faça agora, desse compromisso dele com a Índia, uma profissão de fé e consiga, efetivamente, abrir o Conselho de Segurança para que outros países possam participar", acrescentou.

O Conselho de Segurança é composto atualmente por 15 membros, sendo 10 rotativos e cinco permanentes e com poder de veto --Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, China e Rússia.

"Todos nós temos clareza de que a ONU não pode continuar sendo representada como se nós ainda tivéssemos saído da Segunda Guerra Mundial", disse Lula. "Eu acho que é impensável que você tenha reforma na ONU e que você não tenha os continentes representados."

Além de Índia, Alemanha, Japão e de si próprio, o Brasil defende um assento permanente para um país africano como forma de ampliar a representatividade do organismo responsável por decisões como o envio de tropas a um país e aplicação de sanções aos países-membros da ONU.

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