Brasil

Apoio à anistia do caixa 2 racha bancada do PT

Segundo o deputado Vicente Cândido (PT-SP), assinaturas de apoio à emenda estão sendo recolhidas no PT e já haveria 25 nomes a favor da medida

Anistia: a nota contra a anistia foi assinada por 26 deputados (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Anistia: a nota contra a anistia foi assinada por 26 deputados (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 22h43.

Brasília - O apoio à emenda que deve ser apresentada para dar anistia à prática do caixa 2 rachou a bancada do PT. Parte dos deputados já emitiu uma nota contra a proposta, mas petistas ainda tentam articular a chancela do texto que pode ser levado a plenário nesta quarta-feira, 22.

Segundo o deputado Vicente Cândido (PT-SP), assinaturas de apoio à emenda estão sendo recolhidas no PT e já haveria 25 nomes a favor da medida.

A nota contra a anistia foi assinada por 26 deputados. Ao todo, a bancada petista na Câmara conta com 58 deputados.

Diante da divisão, o líder do PT na Casa, Afonso Florence (BA), disse que deve liberar a bancada para que cada um adote a posição que preferir.

Ele disse que, por enquanto, não deve assinar a emenda junto com líderes de outros partidos. "É preciso ficar claro que não é o PT que está patrocinando essa medida", disse.

A ideia do acordo, que está sendo gestado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é que todos os partidos, com exceção da Rede e do PSOL, assinem a emenda conjuntamente para evitar que o ônus da aprovação da anistia ao caixa 2 recaia apenas sobre uma legenda ou um parlamentar específico.

Com a divisão no PT, partidos estão repensando o apoio à medida, para que a legenda não fique com a fama de "bom moço".

Na nota contrária à medida, deputados do PT afirmam repudiar a tentativa de anistia ao caixa 2 e que a aprovação desta medida foi um dos objetivos dos que apoiaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

"Queremos repudiar qualquer tentativa de anistia ao caixa dois, que se pretenda, como penduricalho, agregar a estas medidas contra a corrupção. Entendemos que seja este um dos objetivos do golpe: 'estancar a sangria', nas palavras de um dos golpistas; proteger deputados que votaram pelo impeachment da presidenta Dilma e que podem ser envolvidos com este crime eleitoral nas investigações em curso", destaca a mensagem.

O texto foi assinado por nomes como o ex-ministro Pepe Vargas (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP) e Érika Kokay (PT-DF).

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos Deputados

Mais de Brasil

Unimos uma frente ampla contra uma ameaça maior, diz Nunes ao oficializar candidatura em SP

Após ser preterido por Bolsonaro, Salles se filia ao partido Novo de olho em 2026

Governo Lula é aprovado por 35% e reprovado por 33%, aponta pesquisa Datafolha

Vendavais podem atingir grande parte do Nordeste e Sul; veja previsão

Mais na Exame