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Apesar de negociação, duas garagens amanhecem fechadas em SP

Duas garagens da Viação Santa Brígida amanheceram fechadas, mesmo após negociação em que ficou acertado o retorno ao trabalho

Ônibus em São Paulo: viação opera 80 linhas das zonas norte e oeste (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2014 às 09h14.

São Paulo -Duas garagens da Viação Santa Brígida, que opera 80 linhas das zonas norte e oeste da capital paulista, amanheceram fechadas (22), mesmo após a negociação, nessa quarta-feira (21), na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho , em que ficou acertado o retorno ao trabalho.

De acordo com a São Paulo Transportes (SPTrans), a paralisação na garagem afeta o funcionamento do Terminal Pirituba.

O atraso na saída dos ônibus da empresa Gato Preto, por volta das 5h, também dificultou a circulação de ônibus nesse terminal.

O órgão informou, no entanto, que os outros 27 funcionam normalmente.

O Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese) foi acionado para atendimento de quatro das 80 linhas.

Segundo a SPTrans, foram escolhidos os principais trajetos, que estão sendo atendidos com 95 veículos.

Com a saída dos carros da garagem da Gato Preto e a operação de emergência, os ônibus voltaram a circular em Pirituba.

O terminal teve a atividade interrompida no início da manhã por não ter veículos disponíveis.

A negociação de ontem, que durou mais de três horas, teve a presença dos advogados dos sindicatos patronais, de representantes da prefeitura e dos trabalhadores.

Motoristas e cobradores que estão insatisfeitos com o reajuste salarial aprovado em assembleia da categoria no dia 19 disseram que concordariam em retornar ao trabalho desde que a prefeitura intermediasse uma reabertura das negociações com os empresários.

A quarta-feira foi mais um dia de problemas para os paulistanos com o transporte público.

No fim da manhã, o número de terminais chegou a 14. No início da noite, quase todos foram liberados.

Apesar de parte da categoria permanecer em greve, algumas linhas voltaram a operar.

Única cidade com menos de um milhão de habitantes com BRT, a mineira Uberlândia, com pouco mais de 600 mil pessoas, tem um corredor de 7,5 quilômetros na Avenida João Naves de Ávila há seis anos. Outros municípios brasileiros possuem faixas exclusivas, mas não atendem a todos os critérios de um BRT. Levando o preceito de ser na superfície o que o metrô é abaixo da terra, até mesmo shopping em uma das estações o BRT de Uberlândia tem, o que deve soar familiar para moradores de São Paulo. A imagem ao lado mostra uma das vantagens do sistema: a acessibilidade. Deficientes físicos adentram o coletivo tão rápido quanto os demais passageiros, já que as estações são elevadas.  O corredor deu tão certo que o governo já tem mais quatro projetos aguardando verba do governo federal.
  • 2. São Paulo (SP) - 2007

    2 /3(Wikimedia Commons)

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    Dominante em Curitiba, o uso do BRT em São Paulo não chega nem perto de fazer cosquinha no metrô: os 9,7 quilômetros do primeiro transportam 81 mil pessoas diariamente, segundo a SPTrans, enquanto os 74 quilômetros do transporte subterrâneo dão conta de 4,5 milhões de viagens todos os dias.  Mas quando se trata de avaliação, o único corredor BRT da cidade se sai até melhor. Na última pesquisa da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), 81% dos passageiros acham o Expresso Tiradentes excelente ou bom, índice que cai para 74% no metrô. Os ônibus convencionais ficaram com 40%. O tempo de viagem entre o Terminal Sacomã e o Parque Dom Pedro II foi enormemente encurtado: caiu de 70 para 14 minutos, segundo a SPTrans. Em relação ao BRT “ideal”, o Expresso Tiradente perde apenas porque foi construído em via elevada. “Deveria ser na (altura da) rua, porque tem vantagem do ponto de vista da acessibilidade. Mas em relação a velocidade, o benefício foi plenamente atingido”, afirma Otávio Cunha, da NTU.
  • 3. Rio de Janeiro (RJ) - 2012

    3 /3(Divulgação/Facebook)

  • Como diz a máxima, quem ri por último, ri melhor. Quando se trata de BRT, o Rio de Janeiro pode ter chegado atrasado, mas saiu na frente na nova leva de munícipios onde o sistema está sendo implantado por causa da Copa. O Transoeste foi inaugurado em junho. O Rio segue as regras dos BRTs, a mais importante delas sendo as vias com ultrapassagem, que permitem a existência de linhas expressas e semiexpressas. Quem quer ir de uma ponta a outra o pode fazer sem demoras. Em pesquisa realizada pelo Instituto Mapear, a aprovação chegou a 90%, resultado de quem demorava até 2h30 no trajeto entre Santa Cruz e Barra da Tijuca e agora o faz em 40 minutos. Dentro dos ônibus articulados, uma gravação informa a próxima estação de parada, como em metrôs. Os GPS nos ônibus permitem que se saiba quando chegarão às estações, como em outros BRTs desta galeria. Mas o governo precisará resolver os atropelamentos, que têm sido constantes. Na capital carioca, mais três corredores estão em construção para serem inaugurados até o Mundial de 2014 e as Olimpíadas.
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