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Apenas 2% dos roubos em SP são esclarecidos, diz secretário

Esse tipo de crime registrou expressivo aumento, segundo os dados divulgados hoje (25) pela própria secretaria de Segurança Pública de São Paulo

Fernando Grella Vieira: secretário de Segurança Pública ponderou que o crescimento do número de roubos está relacionado com a redução da subnotificação (Divulgação/MP-SP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 19h23.

São Paulo - O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, disse hoje (25) que apenas 2% dos roubos praticados no estado são esclarecidos.

Esse tipo de crime registrou expressivo aumento, segundo os dados divulgados hoje (25) pela própria secretaria.

Em comparação com fevereiro de 2013, o mesmo mês deste ano teve aumento de 37,2% nesse tipo de crime. Foram 18,4 mil roubos no ano passado, contra 25,3 mil no mês passado.

Grella ponderou, no entanto, que o crescimento do número de roubos está relacionado com a redução da subnotificação. Em dezembro passado, a Polícia Civil passou a aceitar o registro desse tipo de crime pela internet.

“Essa tendência de aumento tem que ser contextualizada com essa nova forma, que facilita para as pessoas vítimas de roubo registrarem a ocorrência. Nós sabemos que haveria esse aumento”, enfatizou ao comentar os dados.

De acordo com o secretário, pesquisas de abrangência nacional indicam que em torno de 65% das vítimas de roubo não comunicam as autoridades.

Apesar do grande percentual de casos subnotificados, Grella admitiu que não se pode atribuir o aumento do número de casos apenas à facilitação do registro da ocorrência. “Nós não estamos dizendo que esse aumento se deve apenas e exclusivamente à Delegacia Eletrônica”, acrescentou.

Na cidade de São Paulo, os roubos tiveram aumento de 47,5%, saindo de 8,9 mil ocorrências em fevereiro de 2013 para 13,2 mil casos em fevereiro deste ano. Na mesma comparação, os roubos de veículos cresceram 29%. Foram 3,5 mil registros desse tipo de crime em fevereiro do ano passado, contra 4,5 mil em fevereiro último.


A falta de solução dos crimes é um problema, que segundo Grella, afeta todo o país.

“A taxa de esclarecimento de crimes é baixa. Não é um problema de São Paulo, é um problema geral da polícia judiciária, e nós estamos investindo muito nesta matéria”, ressaltou o secretário, que anunciou a contratação de 2,1 mil agentes para a Polícia Civil ainda este ano.

O secretário também atribuiu as dificuldades em reduzir o número de roubos à conjuntura nacional.

“Nós vivemos um problema que não é local, não é da cidade de São Paulo, do estado de São Paulo, ele é nacional. Pode pegar os indicadores de outros estados. Quais são as causas? São econômicas, são sociais e são de violência também, porque a droga é um fator desencadeante da prática de outros crimes”.

Em relação aos homicídios, o número permaneceu praticamente estável na capital. Foram 86 casos em fevereiro deste ano, contra 89 no mesmo mês de 2013.

Em todo o estado foram registrados 329 assassinatos, 11,3% menos do que o verificado em fevereiro do ano passado. O número de latrocínios ficou estável no estado, com 33 casos em fevereiro deste ano, o mesmo número do ano passado.

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São Paulo - O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, disse hoje (25) que apenas 2% dos roubos praticados no estado são esclarecidos.

Esse tipo de crime registrou expressivo aumento, segundo os dados divulgados hoje (25) pela própria secretaria.

Em comparação com fevereiro de 2013, o mesmo mês deste ano teve aumento de 37,2% nesse tipo de crime. Foram 18,4 mil roubos no ano passado, contra 25,3 mil no mês passado.

Grella ponderou, no entanto, que o crescimento do número de roubos está relacionado com a redução da subnotificação. Em dezembro passado, a Polícia Civil passou a aceitar o registro desse tipo de crime pela internet.

“Essa tendência de aumento tem que ser contextualizada com essa nova forma, que facilita para as pessoas vítimas de roubo registrarem a ocorrência. Nós sabemos que haveria esse aumento”, enfatizou ao comentar os dados.

De acordo com o secretário, pesquisas de abrangência nacional indicam que em torno de 65% das vítimas de roubo não comunicam as autoridades.

Apesar do grande percentual de casos subnotificados, Grella admitiu que não se pode atribuir o aumento do número de casos apenas à facilitação do registro da ocorrência. “Nós não estamos dizendo que esse aumento se deve apenas e exclusivamente à Delegacia Eletrônica”, acrescentou.

Na cidade de São Paulo, os roubos tiveram aumento de 47,5%, saindo de 8,9 mil ocorrências em fevereiro de 2013 para 13,2 mil casos em fevereiro deste ano. Na mesma comparação, os roubos de veículos cresceram 29%. Foram 3,5 mil registros desse tipo de crime em fevereiro do ano passado, contra 4,5 mil em fevereiro último.


A falta de solução dos crimes é um problema, que segundo Grella, afeta todo o país.

“A taxa de esclarecimento de crimes é baixa. Não é um problema de São Paulo, é um problema geral da polícia judiciária, e nós estamos investindo muito nesta matéria”, ressaltou o secretário, que anunciou a contratação de 2,1 mil agentes para a Polícia Civil ainda este ano.

O secretário também atribuiu as dificuldades em reduzir o número de roubos à conjuntura nacional.

“Nós vivemos um problema que não é local, não é da cidade de São Paulo, do estado de São Paulo, ele é nacional. Pode pegar os indicadores de outros estados. Quais são as causas? São econômicas, são sociais e são de violência também, porque a droga é um fator desencadeante da prática de outros crimes”.

Em relação aos homicídios, o número permaneceu praticamente estável na capital. Foram 86 casos em fevereiro deste ano, contra 89 no mesmo mês de 2013.

Em todo o estado foram registrados 329 assassinatos, 11,3% menos do que o verificado em fevereiro do ano passado. O número de latrocínios ficou estável no estado, com 33 casos em fevereiro deste ano, o mesmo número do ano passado.

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