Edifício-sede da Petrobras: "se encontra evidência, agimos na empresa e em conformidade com a lei", indicou o executivo (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2015 às 16h48.
Rio de Janeiro - A Petrobras já apurou o envolvimento de pelo menos mil pessoas em atos de corrupção na empresa, informou, na manhã desta sexta-feira, 31, o diretor de governança da estatal, João Elek Junior.
Segundo ele, cerca de 10 pessoas podem efetivamente ser consideradas suspeitas de atos indevidos, entre funcionários e ex-funcionários. O diretor afirmou ainda que os funcionários já foram afastados de suas funções.
"Temos conversado com uma quantidade muito grande de pessoas, mas não significa que tenha elementos de que tenham feito algo ilícito. Fizemos entrevistas, colhemos documentos com mil pessoas, a partir citações feitas em acordos de delação premiada. Se encontra evidência, agimos na empresa e em conformidade com a lei", indicou o executivo.
Segundo Elek, já foram identificadas 10 pessoas com possível envolvimento nos crimes de corrupção. "É uma quantidade pequena, até 10 pessoas com suspeita de má práticas. Elas já foram afastadas de suas funções originais e não têm autonomia para decisão", completou. Elek, entretanto, ressaltou que o numero de suspeitos pode aumentar no decorrer das investigações.
O diretor indicou que não poderia determinar um prazo para a conclusão das investigações. Ele também destacou que as apurações vão ajudar a companhia a identificar fragilidades nos procedimentos internos, que serão aprimorados com as novas medidas de governança "para impedir a incidência de situações equivalentes", reforçou.
Entre as medidas anunciadas, estão o treinamento de certificadores nacionais e internacionais, externos à companhia, para avaliar os procedimentos de conformidade dentro da estatal.