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Ao menos 20 alunos pediram transferência após tragédia em Realengo

Diretor da escola considerou o número baixo, e afirmou que alguns até já desistiram do pedido

Escola Tasso de Oliveira, no Realengo: alunos começam a voltar para "atividades lúdicas" (Divulgação/Shana Reis/ Governo do Estado do Rio de Janeiro)

Escola Tasso de Oliveira, no Realengo: alunos começam a voltar para "atividades lúdicas" (Divulgação/Shana Reis/ Governo do Estado do Rio de Janeiro)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2011 às 11h30.

Rio de Janeiro - Em quatro dias, pais de pelo menos 20 alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, pediram a transferência de seus filhos para outras unidades, informou na manhã de hoje (18) o diretor do colégio, Luis Marduck. Na escola, 12 crianças morreram baleadas no último dia 7, quando Wellington Menezes de Oliveira atirou contra estudantes em salas de aula.

O diretor considerou o número baixo e disse que alguns já até desistiram do pedido. Ele informou que no início da tarde de hoje, alunos do 9º ano retornam à escola para participar apenas de atividades lúdicas ligadas à pintura e à poesia. Amanhã (19), os demais alunos, de um total de 1.150 estudantes, também devem voltar à unidade para as mesmas atividades.

Segundo Marduck, ainda não há previsão para o reinício das aulas, mas ele garantiu que assim que isso ocorrer será montada uma estratégia para repor os dias perdidos. “O retorno às atividades curriculares ainda não está previsto. Nesse início, nosso grande objetivo é avaliar a resposta psicológica dos alunos e dar apoio a eles”, disse.

Inconformada, a recepcionista Renata dos Reis Rocha, mãe das gêmeas Brenda e Bianca, de 13 anos, esteve na escola, na manhã de hoje, pela primeira vez após a tragédia para buscar o histórico escolar de Brenda. Ela disse que a menina está bastante traumatizada, pois presenciou a morte da irmã.

A recepcionista também reclamou da falta de segurança na escola. “Eu, que sou mãe, nunca pude levar uma merenda na sala para minhas filhas. Como um estranho conseguiu entrar e fazer tudo isso?”, questionou. Ela disse que uma assistente social foi até sua casa, mas que ela não quis conversar com a profissional.

No último sábado, cerca de 50 ex-alunos e voluntários pintaram de branco o muro da escola. O dinheiro para comprar o material, como tinta e pincéis, foi fornecido pela prefeitura do Rio.

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