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Ao lado de Netanyahu, Bolsonaro visita Muro das Lamentações, em Jerusalém

Essa é a primeira vez que um chefe de Estado realiza tal visita ao lado de um primeiro-ministro israelense

Bolsonaro visita o muro das lamentações ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (AFP/AFP)
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AFP

Publicado em 1 de abril de 2019 às 12h14.

Última atualização em 4 de abril de 2019 às 13h40.

Jerusalém — O presidente Jair Bolsonaro visitou nesta segunda-feira (01), ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o Muro das Lamentações, em Jerusalém.

A decisão do presidente brasileiro fez com que ele se tornasse o primeiro chefe de Estado a realizar tal visita ao lado de um primeiro-ministro israelense, segundo o Chancelaria de Israel.

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Rompendo com a prática diplomática, Bolsonaro foi ao local mais sagrado do judaísmo com Netanyahu.

Com quipá na cabeça, o presidente colocou as duas mãos nas pedras do muro e, com Netanyahu fazendo o mesmo do seu lado esquerdo, recolheu-se por vários segundos com a cabeça inclinada.

Tradicionalmente, os chefes e Estado decidem visitar o Muro sem a presença de autoridades israelenses, como uma forma de se manter isento em relação ao conflito entre Israel e Palestina.

O Muro das Lamentações fica em uma região de conflitos de reconhecimento do local. Ele está localizado naparte oriental de Jerusalém, reivindicada pelos palestinos como capital de seu futuro Estado. Hoje, a região está sob ocupação de Israel.

Visita diplomática

A visita ao Muro das Lamentações faz parte da agenda diplomática de três dias que Bolsonaro realiza em Israel. A expectativa, segundo o Planalto, é fechar acordo entre os países para áreas estratégicas comodefesa, serviços aéreos, saúde e ciência e tecnologia.

O presidente chegou ao país neste domingo (31) e já anunciou aabertura de um escritório de negócios em Jerusalém.

O esperado, no entanto, era que o presidente determinasse a mudança da embaixada do Brasil de Tel-Aviv para Jerusalém, como prometeu durante a campanha eleitoral. Segundo informou, isso ainda será motivo de discussão e prometeu dar uma decisão até 2022.

Mesmo sem mudar a embaixada, a abertura do escritório já foi questionada. A autoridade palestina informou que pedirá esclarecimentos ao enviado no Brasil como forma de protesto.

“É o direito deles reclamar”, afirmou o presidente, acrescentando que o Brasil votou de forma destoante deles (palestinos) na ONU há pouco tempo.

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