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Anvisa manda recolher teste de covid-19 vendido sem registro

Em uma nota divulgada à imprensa, o laboratório diz que o produto não é um autoteste e que tem registo junto à Anvisa

Autoteste de covid-19. (Grace Cary/Getty Images)

Autoteste de covid-19. (Grace Cary/Getty Images)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 15 de fevereiro de 2022 às 16h33.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2022 às 18h51.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mandou suspender a venda, a distribuição, a fabricação, a propaganda e o uso do teste de covid-19 chamado Teste Covid meuDNA PCR-LAMP Autocoleta de Saliva. O produto é fabricado pelo laboratório Mendelics. A Anvisa chegou a dizer que se tratava de um autoteste, mas depois corrigiu a informação de que é um teste convencional.

De acordo com o órgão regulador, o teste para a detecção de covid-19 não tem registro no país. "Tal medida se deu em virtude de ter sido constatada a divulgação do respectivo produto na página do laboratório na internet", disse a Anvisa.

Em uma nota divulgada à imprensa, o laboratório diz que o produto não é um autoteste e que tem registo junto à Anvisa.  

"O teste meuDNA Covid não se trata de um autoteste ou de teste rápido. Não há testagem realizada pelo paciente ou pelo farmacêutico. O teste meuDNA Covid é um teste laboratorial com fim diagnóstico, realizado no laboratório Mendelics. O kit de coleta de saliva vendido em farmácias é um produto registrado na Anvisa sob o código nº 10237610236 (autorização: 1.02.376-1) e está de acordo com a legislação e regulamentação vigentes", afirma a empresa.

Até o momento, a Anvisa já recebeu 57 pedidos de registros de autotestes no Brasil, sendo dez negados. O principal problema foi a falta de documentos e estudos incompletos. Ainda não há autoteste liberado para a comercialização no país.

Em entrevista exclusiva à EXAME, Sérgio Mena Barreto, CEO da Abrafarma, disse que a expectativa das farmácias e drogarias brasileiras para iniciar as vendas dos autotestes é grande. Mas algumas incógnitas ainda pairam sobre quando efetivamente a comercialização deve começar.

“Precisamos receber algumas propostas para entender qual é economicamente mais viável. Nós estamos ainda no escuro porque esperamos o registro”, disse ele à EXAME. 

Sérgio Mena Barreto estima que a partir de março os autotestes devem estar disponíveis para a população a um preço médio entre R$ 50 e R$ 60, para ficar abaixo do que já é comercializado hoje em dia. 

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