Acompanhe:

Anvisa libera venda de três produtos à base de cannabis em farmácias

Com a decisão, já há 14 produtos e um medicamento aprovados no Brasil. Uso de maconha medicinal enfrenta resistências e entraves no país

Modo escuro

Continua após a publicidade
Canabidiol: derivado medicinal é indicado para ansiedade, dores crônicas e convulsões. (Tinnakorn Jorruang/Getty Images)

Canabidiol: derivado medicinal é indicado para ansiedade, dores crônicas e convulsões. (Tinnakorn Jorruang/Getty Images)

A
Agência O Globo

Publicado em 21 de fevereiro de 2022 às, 18h30.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação e a venda de mais três produtos à base de cannabis em farmácias e em drogarias no Brasil. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira.

Os novos integrantes da lista são Canabidiol Belcher 150 mg/mL, Canabidiol Aura Pharma 50 mg/mL e Canabidiol Greencare 23,75 mg/mL. Os dois primeiros são fabricados na Suíça e o último, na Colômbia.

Fique por dentro das principais notícias do Brasil e do mundo. Assine a EXAME

Os três produtos devem ser vendidos nas concentrações com que foram aprovados e com até 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC). É necessário apresentar receita médica do tipo B (azul). A maconha medicinal pode ampliar o rol de tratamentos para doenças como esclerose múltipla, ansiedade, depressão e fibromialgia.

Com a medida, sobe para 14 o número de produtos aprovados, além de um medicamento. Apesar das novas liberações, o uso da cannabis medicinal ainda encontra dificuldades pouco mais de dois anos após a Anvisa autorizar a venda em farmácias de medicamentos à base de cannabis, mas rejeitar o cultivo em casa para fins medicinais.

O debate iniciado em 2015 ganhou fôlego um ano depois, quando a Anvisa liberou a prescrição de produtos e de medicamentos que contenham tetrahidrocanabinol (THC) — que passou a ser regulamentado — de forma isolada ou em conjunto com CBD. Com a medida, o THC foi permitido como base do produto — antes, só em caráter secundário, junto a outra substância já autorizada. Assim, a importação passou a vigorar em caráter excepcional via pessoa física, para uso próprio, para tratamento de saúde e com receita médica.

A aprovação do primeiro medicamento, para tratar espasmos prolongados em decorrência de esclerose múltipla, veio em 2017. Na época, o remédio já era liberado em 28 países, como Alemanha, Canadá, Estados Unidos e Suíça. A substância também abriu caminhos para o tratamento de epilepsia, dor crônica, esquizofrenia, ansiedade, depressão e autismo.

Outro marco deste debate foi em 2019. À época, havia duas propostas em jogo na Anvisa: uma buscava autorizar o plantio para fins medicinais e científicos, e a outra, o registro de medicamentos à base da planta. Venceu a segunda, mais restritiva, após votação unânime. Os diretores também decidiram arquivar a primeira na reunião, marcada por um longo debate sobre o tema.

Últimas Notícias

Ver mais
Datafolha: 67% dos brasileiros são contra descriminalização da maconha
Brasil

Datafolha: 67% dos brasileiros são contra descriminalização da maconha

Há 4 dias

Porte de drogas: entenda a PEC aprovada na CCJ do Senado e o que está sendo discutido no STF
Brasil

Porte de drogas: entenda a PEC aprovada na CCJ do Senado e o que está sendo discutido no STF

Há 2 semanas

Maconha em blockchain, que viagem é essa? Projeto une cripto e cannabis; conheça
Future of Money

Maconha em blockchain, que viagem é essa? Projeto une cripto e cannabis; conheça

Há 2 semanas

Pacheco defende PEC das drogas, após pedido de vista em julgamento sobre porte de maconha
Brasil

Pacheco defende PEC das drogas, após pedido de vista em julgamento sobre porte de maconha

Há 3 semanas

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais