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Anvisa aprova aplicação de segunda dose da vacina de Oxford

Segundo a agência, alguns resultados mostraram que "a dose de reforço aumenta a chance de imunização"

Vacina: Anvisa autorizou a aplicação da chamada dose de reforço por meio de mudança no protocolo da pesquisa da vacina (Diego Vara/Reuters)

Vacina: Anvisa autorizou a aplicação da chamada dose de reforço por meio de mudança no protocolo da pesquisa da vacina (Diego Vara/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de agosto de 2020 às 19h02.

Última atualização em 11 de agosto de 2020 às 15h46.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a aplicação de uma segunda dose nos testes realizados no Brasil da possível vacina para covid-19 desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, do Reino Unido, conforme publicação no Diário Oficial da União nesta segunda-feira.

A Anvisa autorizou a aplicação da chamada dose de reforço por meio de mudança no protocolo da pesquisa da vacina. Segundo a agência, a alteração prevê que haverá a aplicação da segunda dose nos voluntários que já haviam sido vacinados e também a outros que ainda vão entrar para o estudo.

A justificativa para a mudança, conforme a Anvisa, é que a publicação de alguns resultados mostraram que "a dose de reforço aumenta a chance de imunização".

O intervalo para a segunda dose deve ser de quatro semanas e, para os voluntários que já participam, a dose de reforço será aplicada de quatro a seis semanas. A variação no prazo, conforme a agência, deve-se à a necessidade de entrar em contato com o voluntário e mobilizá-los novamente para a dose de reforço.

Outra alteração autorizada pela Anvisa diz respeito à ampliação da faixa etária para aplicação dos testes. Será de 18 a 69 anos com a mudança, ante 18 e 55 anos anteriormente.

O governo brasileiro, por meio do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), assinou um memorando de entendimento com a AstraZeneca que prevê a compra de 30 milhões de doses da vacina, com entrega em dezembro deste ano e janeiro do ano que vem, e a possibilidade de aquisição de mais 70 milhões se a vacina tiver eficácia e segurança comprovadas.

Além disso, o acordo prevê a transferência da tecnologia desenvolvida pela Universidade de Oxford para produção local na Fiocruz, com previsão do ministério de início ainda no primeiro semestre de 2021 -- o que foi colocado em dúvida por especialistas ouvidos pelas Reuters devido à complexidade do processo de transferência de tecnologia.

Com a mudança no protocolo da vacinação, não se sabe por ora se poderá haver alterações na quantidade de vacinas que o país vai adquirir na parceria com a AstraZeneca e Oxford.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro assinou medida provisória que abre crédito orçamentário de 1,9 bilhão de reais para assegurar a compra de 100 milhões de doses e posterior produção local da possível vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford. Na ocasião, ele disse esperar ter o problema da pandemia resolvido com a vacinação da população no início de 2021.

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