Frete: Associação Brasileira dos Caminhoneiros defende que tabela é imprescindível para reprimir abuso nas contratações dos serviços de transporte (Sean Gallup)
Reuters
Publicado em 18 de junho de 2018 às 18h37.
Brasília - A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vai aguardar até a audiência com o Supremo Tribunal Federal, marcada para quarta-feira, antes de decidir sobre a nova versão da tabela de fretes mínimos para o transporte rodoviário de carga, disse à Reuters uma fonte do órgão regulador.
"Nada vai ser definido antes do STF", disse a fonte, que falou sob a condição de anonimato.
Em parecer encaminhado ao STF, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) considerou que o tabelamento gera resultado semelhante ao de um cartel.
Em nota nesta segunda-feira, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) voltou a defender a tabela, que, segundo a entidade, é "imprescindível para reprimir o abuso nas contratações dos serviços de transporte, em especial, dos serviços dos caminhoneiros autônomos".
"A criação do piso evitará a exploração do trabalho do transportador e garantirá o custeio mínimo de suas despesas, especialmente com o óleo diesel, que chega a representar 40 por cento do custo total", diz a Abcam.
Em manifestação formal enviada ao STF, a ANTT afirmou que a adoção de tabela de fretes para transporte rodoviário de cargas, instituída pelo governo federal para colocar fim à greve dos caminhoneiros foi "emergencial, mas pode ser reavaliada".