Brasil

Anefac: aumento dos juros tem pouco impacto no bolso do consumidor

Maior alteração será no juro do CDC dos bancos, que ficarão 1,67% mais caros

Decisão do Banco Central terá impacto pequeno na ponta do crédito ao consumidor (Divulgação/Banco Central)

Decisão do Banco Central terá impacto pequeno na ponta do crédito ao consumidor (Divulgação/Banco Central)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2011 às 19h21.

São Paulo - Os efeitos diretos do aumento dos juros promovido pelo Banco Central (BC) no crédito ao consumidor serão mínimos. Segundo cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a maior alteração deve ocorrer nos juros do financiamento de automóveis (CDC dos bancos), que ficarão 1,67% mais caros.

A tabela abaixo mostra a variação de diferentes modalidades de crédito após o aumento da taxa Selic:

Linha de crédito Taxas atuais (ao mês) Novas taxas Variação (%)
Juros comércio 5,69% 5,73% 0,70%
Cartão de crédito 10,69% 10,73% 0,37%
Cheque especial 7,57% 7,61% 0,53%
CDC Bancos 2,40% 2,44% 1,67%
Empréstimo Bancos 4,77% 4,81% 0,84%
Empréstimo Financeira 9,64% 9,68% 0,41%
Taxa média 6,79% 6,83% 0,59%
 

Esta pequena diferença se deve ao fato de existir um deslocamento grande entre a Selic e as taxas cobradas ao consumidor. Estas últimas, em média, chegam a 119,97% ao ano provocando uma variação de mais de 1.000,00% entre as duas pontas.

Os efeitos práticos do aumento da taxa básica de juros podem ser observados em operações de financiamento. Uma geladeira que à vista custa 1.500 reais, antes do aumento da Selic, era financiada a uma taxa de juros de 5,69% ao mês. Se a compra fosse parcelada em 12 vezes, o consumidor pagaria o preço final de 2.110,68 reais.

Com a nova taxa de 11,25% ao ano, a mesma compra agora será feita nas seguintes condições: os juros do financiamento serão de 5,73% ao mês. Assim, no financiamento em 12 meses, o preço final será 4,68 reais maior do que no caso anterior, chegando a 2.115,36 reais.

No caso do cartão de crédito, a diferença é ainda menor. Os juros passam de 10,69% para 10,73% ao mês. Assim, ao utilizar o rotativo de 1.000 reais durante 30 dias, o consumidor que pagava 106,90 reais de juros, passa a pagar 107,30 reais. 

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCopomJurosMercado financeiro

Mais de Brasil

As 10 melhores rodovias do Brasil em 2024, segundo a CNT

Para especialistas, reforma tributária pode onerar empresas optantes pelo Simples Nacional

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho