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Anderson Torres depõe na CPMI do 8 de janeiro nesta terça; saiba o que esperar

Na época dos ataques aos prédios dos Três Poderes, Torres era secretário de Segurança Pública do DF e viajou para os Estados Unidos de férias

Torres: ex-ministro de Bolsonaro poderá ficar em silêncio durante o depoimento (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 8 de agosto de 2023 às 06h00.

Última atualização em 8 de agosto de 2023 às 08h38.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito ( CPMI) do 8 de janeiro vai ouvir nesta terça-feira, 8, Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na época dos ataques aos prédios dos Três Poderes, Torres era secretário de Segurança Pública do DF e viajou para os Estados Unidos de férias.

A relatora Eliziane Gama classifica que Torres é uma testemunha chave para esclarecer fatos relacionados ao 8 de Janeiro. Além de questiona-lo sobre o período em que foi Secretário de Segurança Pública do DF, a senadora vai perguntar ao ex-ministro sobre as operações de segurança na véspera do segundo turno das eleições presidenciais de 2022, dos ataques à sede da Polícia Federal, em Brasília, no dia 12 de dezembro e da tentativa de explosão de uma bomba em um caminhão tanque nas imediações do aeroporto de Brasília.

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Além do depoimento, a CPMI também aprovou a quebra de sigilo telefônico de Torres. Entre outros dados, os parlamentares requerem informações sobre uma minuta golpista encontrada pela Polícia Federal na casa do ex-ministro de Bolsonaro após operação de busca e apreensão.

A expectativa por um depoimento revelador de Torres, porém, pode ser frustada. Na noite de segunda-feira, 7, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou Torres fique em silêncio em depoimento na CPMI. O magistrado determinou que o ex-ministro de Bolsonaro poderá permanecer calado para não se incriminar em respostas que "possam resultar em seu prejuízo ou em sua incriminação". A decisão atendeu em parte a um pedido da defesa do ex-ministro.

Prisão de Anderson Torres

Anderson Torres teve prisão decretada em 14 de janeiro em razão de indícios de omissão nos ataques do dia 8 de janeiro, em Brasília. Ele permaneceu preso por quatro meses e sua soltura foi autorizada no dia 11 de maio pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou medidas cautelares, entre as quais uso da tornozeleira eletrônica.

Como assistir ao vivo o depoimento de Anderson Torres na CPMI do 8 de janeiro?

O depoimento do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro será transmitido ao vivo no canal do Youtube da Câmara e do Senado.

Confira ao vivo

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