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Ana Amélia usa último dia de propaganda para se defender

"Vasculharam minha vida inteira e a o que a milícia petista encontrou foi trabalho, um cargo comissionado legal que era comum há quase 30 anos", disse senadora


	Ana Amélia: depois de acusar Tarso de usar "métodos rasteiros", senadora passou às explicações
 (José Cruz/ABr)

Ana Amélia: depois de acusar Tarso de usar "métodos rasteiros", senadora passou às explicações (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 16h33.

Porto alegre - A senadora Ana Amélia Lemos (PP) usou a propaganda na televisão no início da tarde desta quarta-feira, 1º, último dia de exibição antes do primeiro turno, para se defender das acusações que vem sofrendo da campanha do governador Tarso Genro (PT), candidato à reeleição, de que foi funcionária fantasma do gabinete do marido, o ex-senador Octávio Omar Cardoso (PDS, atual PP), em 1986 e de que não declarou à Justiça Eleitoral uma fazenda que o casal possuía em Goiás.

"Em vez de se preocupar com a dívida gigantesca de R$ 56 bilhões que compromete serviços públicos essenciais, Tarso Genro ignora de propósito essa crise que compromete serviços públicos e prefere atacar com o veneno da manipulação criminosa a verdade", afirmou a candidata.

Depois de acusar o concorrente de usar "métodos rasteiros", a senadora passou às explicações.

"Vasculharam minha vida inteira e a o que a milícia petista encontrou foi trabalho, um cargo comissionado legal que era comum há quase 30 anos", afirmou.

"Querem destruir minha reputação e credibilidade dizendo que omiti da declaração de renda enviada à Justiça Eleitoral parte da propriedade rural em Goiás, declarada desde 1980 em nome do meu marido, que morreu em 2011", prosseguiu.

"O patrimônio não é só meu, metade pertence às três filhas do meu marido e em 2015 minha parte estará na declaração de bens porque o inventário foi concluído e a partilha executada com a venda da propriedade", adiantou, referindo-se ao processo encerrado no início deste ano.

"Onde está a ilegalidade desse ato?", questionou, em tom de desafio, "Não tenho nada a esconder, nunca tive".

O programa de PT evitou o embate direto e convidou o eleitor a avaliar o trabalho de quatro anos da atual gestão para decidir em quem votar.

Também exibiu diversas imagens em que o candidato aparece ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da atual presidente Dilma Rousseff e depoimentos dos dois pedindo voto em Tarso.

"O que foi feito nesses quatro anos me autoriza a renovar compromissos e propor aos gaúchos novos desafios", conclui o governador.

José Ivo Sartori (PMDB) e Roberto Robaina (PSOL) tentaram capitalizar para suas candidaturas as manifestações populares do ano passado.

"Humildemente, acredito que entendi o recado, acabou-se a era do 'nós contra eles', do pensamento pequeno, quando interesses partidários eram maiores do que os do povo", disse o peemedebista.

"Peço teu apoio para a esquerda coerente manter viva as bandeiras de junho de 2013", propôs Robaina.

Vieira da Cunha (PDT) mostrou declarações de apoios de expoentes do trabalhismo como o ex-governador Alceu Collares e o senador Cristovam Buarque e de familiares do ex-governador Leonel Brizola e do ex-presidente Getúlio Vargas.

Edison Estivalete (PRTB) desdenhou das pesquisas, nas quais não atinge 1% das intenções de voto, e despediu-se com a frase "rumo à vitória". Humberto Carvalho (PCB) reiterou a proposta de instauração do poder popular e a solidariedade à luta do povo palestino.

Tarso e Ana Amélida lideram a pesquisa mais recente, feita pelo Datafolha e divulgada na sexta-feira pelo Grupo RBS, com 31% das intenções de voto. Sartori tem 17%, Vieira da Cunha 2% e Robaina 1%. Estivalete e Carvalho não pontuaram.

A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. A sondagem, feita nos dias 25 e 26 com 1.374 eleitores, está registrada no TRE/RS sob o número 00021/2014.

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