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Alves cai; Aporte na Samarco?…

Caiu mais um O ministro do Turismo, Henrique Alves, pediu demissão do cargo nesta quinta-feira. Em carta ao presidente interino Michel Temer, ele afirmou que seu gesto é “em prol do bem maior”. Alves era um dos ministros de Temer investigados pela Lava-Jato e, com o fim do sigilo da delação do ex-presidente da Transpetro, […]

SENADOR AMERICANO, CHRIS MURPHY: senadores conseguiram levar para o calendário de votação medidas que restringem a compra de armas nos Estados Unidos / Win McNamee/Getty Images
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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2016 às 06h53.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h23.

Caiu mais um

O ministro do Turismo, Henrique Alves, pediu demissão do cargo nesta quinta-feira. Em carta ao presidente interino Michel Temer, ele afirmou que seu gesto é “em prol do bem maior”. Alves era um dos ministros de Temer investigados pela Lava-Jato e, com o fim do sigilo da delação do ex-presidente da Transpetro, descobriu-se que ele também é acusado de ter recebido 1,5 milhão de reais em propinas de 2008 a 2014. Ele já era investigado por uma suposta troca de favores com a empreiteira OAS. Alves é o terceiro ministro de Temer a sair do cargo.

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Tudo “por fora”

Na esteira de sua delação premiada, Sérgio Machado entregou à Procuradoria-Geral da República planilhas que descrevem o repasse de propinas a políticos de 2003 a 2014. Segundo ele, 76% dos recursos enviados não foram contabilizados como doações na Justiça Eleitoral. Dos 106 milhões de reais repassados, 81 milhões foram entregues em dinheiro. Somente o presidente do Senado, Renan Calheiros, teria recebido 32 milhões de reais.

Temer nega

Em pronunciamento nesta quinta-feira, o presidente interino Michel Temer negou as acusações de Sérgio Machado e as classificou de “mentirosas” e “criminosas”. Sem oportunidade para perguntas da imprensa, o presidente optou pelo pronunciamento por entender que a nota emitida na quarta-feira 15 não havia sido forte o suficiente. Segundo Temer, não será um “fato leviano” que atrapalhará a atividade governamental. Machado o acusa de pedir recursos ilícitos — 1,5 milhão de reais — para a campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo em 2012.

A revolta de Renan

O presidente do Senado, Renan Calheiros, atacou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta quinta-feira. Segundo ele, o procurador “extrapolou” os limites ao pedir a prisão de senadores no exercício do mandato. “Quando as pessoas perdem o limite da Constituição, perdem também o limite do ridículo”, afirmou. Nesse contexto, sugeriu que trabalhará no “aperfeiçoamento” da lei da delação premiada. Garantiu, contudo, que não busca interferir na Lava-Jato. Sobre os 11 inquéritos que o investigam na operação, Renan afirmou que essa é uma maneira “burra” de investigação porque “deturpa a democracia, embaça a verdade e dificulta a vida das pessoas”.

Vítima fatal do Brexit

A deputada britânica Jo Cox, do Partido Trabalhista, morreu nesta quinta-feira depois de ser esfaqueada e baleada num vilarejo a 320 quilômetros de Londres. Segundo uma testemunha, o responsável pelo atentando — um homem de 52 anos — teria gritado “Britain First”, nome de um grupo que faz campanha contra a imigração e contra a presença do Reino Unido na União Europeia. Forte partidária da permanência do país no bloco, a deputada de 41 anos estava em seu primeiro mandato no Parlamento. Foi o primeiro assassinato de um membro do Legislativo em mais de duas décadas, desde a morte de Ian Gow por um radical irlandês em 1990. Todas as campanhas do referendo foram canceladas.

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Adeus às armas

Depois de uma sessão de 14 horas no Senado americano, um grupo de senadores democratas conseguiu levar para o calendário de votação medidas que restringem a compra de armas nos Estados Unidos. A votação dos textos havia sido negada pela Casa em dezembro, mas ganhou força após o massacre em Orlando no último domingo. O principal porta-voz do movimento foi o senador de Connecticut, Chris Murphy, que se sentou no chão durante toda a extensa sessão. Em 2012, o estado do senador foi palco do assassinato de 26 crianças na escola Sandy Hook, um dos episódios mais sangrentos envolvendo armamentos individuais na história do país.

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Aporte na Samarco?

A mineradora Vale só fará aporte em sua controlada Samarco se houver perspectiva de que ela retomará as operações, segundo Rogerio Nogueira, diretor de relação com investidores da Vale. Nogueira não respondeu qual é a situação atual do caixa da Samarco e até quando ela poderá se manter sem receber aportes. Nogueira também frisou que a empresa tem condições de voltar a funcionar ainda neste ano. As declarações acontecem após um gerente da Samarco afirmar à agência de notícias Reuters que a empresa não tem mais expectativa de voltar a funcionar neste ano.

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Novo déficit em 2017

O ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou que a meta do resultado primário do ano que vem será de déficit. Oliveira também afirmou que a conta não leva em consideração a CPMF, já que a contribuição ainda não foi aprovada pela Câmara. “Apenas será considerado aquilo que estiver efetivamente aprovado, essa será a nova metodologia”, disse o ministro. A previsão inicial de arrecadação com a CMPF é de 33,2 bilhões de reais. Independentemente da CPMF, o ministro não informou o tamanho do rombo no próximo ano.

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PIB dá sinais de vida

Depois de 15 meses apresentando queda, a economia brasileira mostrou sinais de uma pequena recuperação. O IBC-Br, que mede a atividade econômica no Brasil e é conhecido como a “prévia do PIB”, registrou alta de 0,03% em comparação com o mês de março. Mesmo com o freio na retração, esse foi o pior valor do índice registrado no mês de abril desde 2009. As regiões Sul e Sudeste foram as responsáveis pelo aumento, fechando com alta. A retração econômica ainda é forte nas outras regiões.

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